Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios é delegado ao Sínodo dos Bispos e espera que a reunião provoque renovações na pastoral nas estruturas.
O presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios afirmou à Agência ECCLESIA que a Pastoral Vocacional não é de recrutamento para uma vocação e espera que o Sínodo dos Bispos provoque uma “conversão pastoral e uma conversão de estruturas”.
“A pastoral vocacional não é uma pastoral meramente de recrutamento para vocações consagradas ou ao sacerdócio. É uma pastoral que deve ajudar cada jovem a fazer o seu percurso de descoberta de si, ao serviço da Igreja e ao serviço do mundo e, neste sentido, valoriza todas as vocações”, disse D. António Augusto Azevedo.
D. António Augusto, presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios participa no Sínodo dos Bispos que decorre no Vaticano entre os dias 3 e 28 de outubro, sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, representando a Igreja Católica em Portugal com D. Joaquim Mendes, que coordena o setor do laicado e família, onde se inclui a juventude, na Conferência Episcopal Portuguesa.
Para D. António Augusto, o sínodo já deu “um primeiro contributo” para “alargar” o sentido da palavra vocação, com a realização da reunião pré-sinodal entre jovens de todo o mundo.
“Importa que se ajude cada jovem a descobrir a sua vocação, a descobrir que a sua vida é uma vocação”, acrescentou.
O presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios espera que o sínodo provoque “uma conversão pastoral e uma conversão de estruturas” e leve a Igreja Católica a “repensar e renovar estruturas, nomeadamente na pastoral vocacional”.
D. António Augusto considera fundamental “refletir sobre as implicações de uma geração que é primeira nativa digital” para que o acolhimento nos seminários e o acompanhamento vocacional seja feito com “mais qualidade”.
O também bispo auxiliar do Porto acrescentou que o Sínodo dos Bispos, que começou no dia 3 de outubro, não parte “de teorias, impressões ou opiniões”, mas de da realidade “discernida e interpretada à luz da Fé”.
“Os passos que foram dados contribuirão muito para que seja um sínodo muito rico, muito proveitoso, uma experiência marcante na sua realização, mas sobretudo uma experiência que depois possa ser fecunda para o futuro da vida da Igreja”, sublinhou.
“Este sínodo, e muito bem, não encara os jovens apenas numa perspetiva exterior, isto é, a Igreja que se confronta ou defronta perante os jovens, mas conta com os jovens como protagonistas internos à Igreja”, acrescentou D. António Augusto.
O presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios disse que é “uma responsabilidade” participar no Sínodo dos Bispos, em representação, com D. Joaquim Mendes, do episcopado português, e espera “contribuir para que a reflexão seja o mais profunda possível e os frutos do sínodo sejam os melhores possível para a vida da Igreja”.
A abertura do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” inicia com uma Missa presidida pelo Papa Francisco, esta quarta-feira, no Vaticano.
G.I./Ecclesia:LS/PR