Organização direcionou ajuda para «pequenos e médios agricultores».
A Cáritas Portuguesa angariou 692 098,68 euros para as vítimas dos incêndios florestais do dia 15 de outubro de 2017 e apoiou “pequenos e médios agricultores”, particularmente os de subsistência, “sem possibilidade de recorrer a outros meios de apoio”.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a organização católica informa que as comunidades paroquiais e doadores particulares contribuíram com 29%, cada; as Cáritas Diocesanas e Cáritas Portuguesa 37%; e as empresas 5%.
“Agradecemos a todos os que confiaram na missão da Cáritas e contribuíram com as suas doações e o seu trabalho voluntário e que, assim, permitiu respondermos às necessidades apresentadas”, desenvolve a nota de imprensa.
A Cáritas Portuguesa explica que canalizou a verba angariada para “o apoio aos pequenos e médios agricultores”, uma vez que o Governo português, em Conselho de Ministros, assumiu a “reconstrução de todas as casas de primeira habitação”.
O comunicado realça que “todas as decisões e ações desenvolvidas no terreno” foram tomadas e promovidas em diálogo com as autoridades locais e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro.
Na informação também publicada no seu sítio online, a Cáritas recorda que os incêndios florestais que deflagraram há um ano causaram “49 vítimas mortais, cerca de 70 feridos”, e revelaram-se “avassaladores” na extensão de área afetada e danos materiais causados.
Este Domingo, foi celebrada uma Missa na igreja paroquial de Tondela, sufragando as vítimas mortais dos incêndios de 2017, com a presença dos autarcas locais e das corporações de Bombeiros Voluntários de Tondela e do Vale de Besteiros.
O pároco de Tondela, padre João Carlos, presidiu à Eucaristia, destacando a importância da “solidariedade cristã que irrompeu, diante da calamidade, auxiliando tanto os que perderam bens e familiares, como os que ficaram sem casa, ou moléstias físicas e psíquicas, por causa do fogo”.
Também no Domingo, D. António participou´, em Vouzela, na cerimónia de “memória e sufrágio” dedicada às vítimas dos incêndios de 2017.
Ontem, em Santa Comba Dão, no Quartel dos Bombeiros Voluntários daquela cidade, D. António Luciano presidiu a uma Eucaristia de sufrágio e memória das vítimas dos incêndios. A celebração contou com largas centenas de populares e todas as entidades locais e regionais ligadas à protecção civil e poder local, tendo a celebração sido solenizada por um grupo de alunos do Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão. Entre os assistentes, encontrava-se um santacombadense, em cadeira de rodas, uma das vítimas dos incêndios e que, estando ainda internado num hospital do Porto, para restauro dos tecidos queimados, veio passar o fim-de-semana à terra-natal, tendo estado presente também na celebração de Tondela, no passado Domingo.
No final, um artesão local entregou às entidades presentes uma peça fabricada a partir de uma sua oliveira ardida, numa expressão do que pode ser “o renascer das cinzas”.
Noutro local, publicamos a homilia que D. António Luciano pronunciou.
G.I./Ecclesia:CB/OC