Papa Francisco, na passada quinta-feira, realçou a história trágica de jovem católico partilhada durante os trabalhos do Sínodo dos Bispos.
O Papa lembrou, no Vaticano, todos os cristãos que no mundo são sujeitos a perseguições e alvos de violência por causa da sua fé, durante a Missa que celebrou na Casa de Santa Marta, onde reside.
Na homilia da Eucaristia, Francisco partilhou a história de um jovem católico contada por um bispo durante os trabalhos do Sínodo que está a decorrer, dedicado aos mais novos, em Roma.
“Ele foi levado por um grupo de rapazes que odiavam a Igreja, fundamentalistas, foi agredido e depois atirado para dentro de uma cisterna, com lama até ao pescoço. Depois, como não renunciou a Cristo, eles apedrejaram-no até à morte”, realça o Papa argentino.
Indo ao encontro da passagem do Evangelho de hoje, que diz ‘Hei-de enviar-lhes profetas e apóstolos, a alguns dos quais darão a morte e a outros perseguirão’, Francisco lamentou que “ainda hoje existam muitos cristãos perseguidos” devido às suas crenças.
“O caso do jovem não aconteceu nos primeiros séculos, é de há dois meses atrás”, apontou o Papa, que salientou depois outros exemplos de perseguição que ainda subsistem nos tempos atuais.
Além da violência física, “a perseguição da calúnia, dos boatos”, também “a pequenas perseguições, no bairro, na paróquia, pequenas, mas que são a prova de uma pobreza “, sustentou.
A outro nível, Francisco lembrou a solidão que toca a vida de muitos dos que dedicaram a sua vida ao anúncio da fé cristã e à mensagem do Evangelho.
“Sem ir muito longe, muitas vezes nas casas para idosos temos sacerdotes e religiosas que dedicaram a sua vida à pregação, que se sentem sozinhos, sós com o Senhor: ninguém se lembra deles”, realçou.
G.I./Ecclesia:JCP