Segundo o Jornal da Beira desta semana, D. António Luciano considera “que, às vezes, o povo pensa aquilo que eu gostaria que não pensasse.”
D. António “gostaria que[o povo] pensasse mais na vida do que na morte. Claro que a morte faz parte do caminho que todos havemos de percorrer, faz parte do ciclo, mas nós devíamos pensar todos mais na vida para a vivermos bem e para não termos medo da morte. A morte para quem tem fé é uma passagem – a palavra Páscoa quer dizer passagem – passamos de uma vida terrena para uma vida que nos há de fazer viver na eternidade junto de Deus. Essa é que é a dimensão da fé cristã, é viver a vida a cada dia na perspetiva da bem-aventurança eterna”.
O nosso Bispo considera ainda que “o Dia de Todos os Santos ligado ao Dia dos Fiéis Defuntos é uma coisa muito bonita, porque os santos são aqueles que vivem para sempre junto de Deus e o caminho da santidade faz-se na vida quotidiana na terra. É por isso que nós, como Igreja ao comemorarmos Todos os Santos, comemoramos não só aqueles que foram beatificados ou canonizados que temos nos nossos altares, mas estamos a dizer que a Igreja que foi chamada a viver o caminho da Fé é uma Igreja que peregrina num caminho de santidade. O último documento do nosso Papa é precisamente sobre a Santidade, “Alegrai-vos e exultai”, o caminho da Santidade é um caminho que Deus nos quer dar para sermos felizes. A grande bem-aventurança é nós vivermos na terra sabendo que um dia o Céu também será pertença nossa, que foi o caminho que Jesus nos propôs”, concluiu, numa curta entrevista à jornalista Emília Amaral.
G.I./J.B.:EA