Isto acontece mesmo em «regiões onde não faltam armas e munições», lembra Francisco.
O Papa classificou hoje a falta de acesso a água potável que ainda atinge vários territórios do mundo como “uma enorme vergonha para a humanidade do século XXI”.
Numa mensagem dirigida aos participantes de uma conferência internacional que está a decorrer em Roma, dedicada a este tema, Francisco recorda todos quantos hoje ainda “adoecem e morrem devido à falta de água potável ou à ingestão de água imprópria para consumo”.
Um contexto que, frisou o Papa argentino, “acontece mesmo nas mesmas regiões onde não faltam armas e munições”.
“A corrupção e os interesses de uma economia que exclui e que mata prevalecem muitas vezes sobre os esforços que, de modo solidário, deveriam garantir o acesso à água”, salienta Francisco, num texto em que realça que “a água é um direito”, um bem que deve estar acessível a todos, “e não uma mercadoria”.
A conferência internacional que está a decorrer em Roma, na Pontifícia Universidade Urbaniana, tem como tema ‘A gestão de um bem comum: acesso à água potável para todos’.
O evento é organizado pelo Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do Vaticano, em parceria com as embaixadas da Santa Sé em França, Itália, Mónaco e Estados Unidos da América.
Na reflexão enviada aos participantes, Francisco desafia as pessoas a buscarem um “compromisso concreto” no que toca à gestão da água, que tenha em conta também a “simbologia” que as várias tradições religiosas atribuem a este recurso natural.
G.I./Ecclesia:JCP