O psicólogo e psicanalista Eduardo Sá alertou em Tondela para a necessidade de a família se manter ativa no seu papel de educar, sem se demitir de o fazer com assertividade e convicção, continuando a definir os limites de atuação da criança ou do jovem.
Eduardo Sá falava para um auditório cheio durante o seminário ‘Desafios Sociais: Família, Escola & Comunidade’, promovido pela Câmara Municipal de Viseu, na passada sexta-feira, 9 de novembro. O psicólogo sublinhou que esse papel ativo da família no processo de educar as crianças e os jovens é o principal contributo para um crescimento saudável e ajustado aos desafios que a sociedade coloca.
O seminário contou com a presença da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, que partilhou um conjunto de preocupações ligadas à necessidade de cada comunidade trabalhar aspetos verdadeiramente significativos na qualidade de vida das populações, protegendo as vítimas de violência doméstica, criando condições para a conciliação da vida profissional com a vida pessoal e criando condições favoráveis para que grupos minoritários disponham de acesso a oportunidades iguais.
Durante a tarde, o presidente da Sociedade Portuguesa de Psicologia Aplicada, José Ornelas, lançou a reflexão sobre o papel das parcerias na sociedade civil e a importância que estas têm para se atingir com sucesso vários objetivos, incluindo o sucesso educativo. Segundo José Ornelas, desenvolver competência para a diversidade cultural torna-nos aptos a lidar com as incapacidades de alguns grupos e, por isso, aptos a uma intervenção extensível a todos.
O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, realçou na sessão de encerramento do seminário ‘Desafios Sociais: Família, Escola & Comunidade’ que a circunstância de se juntar neste seminário família, escola e comunidade, é um triângulo que coloca o aluno no centro. “Centrar o foco na aprendizagem e na forma como a sociedade se posiciona neste quadro é relevante e neste triângulo cada um dos lados tem de assumir a sua coresponsabilidade. A exigência é igual para todos”, concluiu.
G.I./J.B.: EA