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«Queremos difundir mensagem que transforme o mundo» – João Pedro Tavares, presidente da ACEGE.

O presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) disse que o Congresso Mundial da União Internacional Cristã dos Dirigentes de Empresas (Uniapac), evento que vai decorrer entre quinta-feira e sábado, em Lisboa, quer ser um momento de compromisso ética no setor dos negócios.

“Queremos que seja um momento absolutamente transformador, com um antes, um durante e depois”, disse João Pedro Tavares à Agência ECCLESIA.

O responsável adiantou que o congresso aponta a um “compromisso amplo a nível mundial”, para que as pessoas queiram “implementar novas práticas, novas formas de liderar, servir”.

“A liderança é exercício de um serviço de um poder que me é delegado e ao qual tenho de devolver”, acrescentou no contexto do congresso da Uniapac sobre ‘Negócios como uma nobre vocação’, que vai ter lugar na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

Entre 22 e 24 de novembro, são esperados 400 empresários e gestores católicos para ouvir 30 oradores, incluindo alguns que “não são católicos e vão dar testemunho de como contribuíram para organizações mais inclusivas e com isso criaram valor”.

O presidente da ACEGE destaca que se vão ouvir testemunhos de como “é que esta consciência” transforma vidas e de como é que o encontro pessoal com Cristo “se torna real na empresa”.

“É desafiante aos empresários de hoje. A nossa tensão é como estamos no mundo, sem ser do mundo e com isso transformamos o mundo; queremos difundir uma mensagem que transforme o mundo”, desenvolveu João Pedro Tavares.

Entre os conferencistas está confirmada, entre outros, a presença de um responsável do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé).

Durante os trabalhos vão ser lançados dois livros, um dos quais sobre a vocação do líder empresarial católico, cristão, “como se introduz amor e verdade no modelo de gestão”.

Olhar os ‘negócios como uma nobre vocação’ é uma abordagem que, segundo o entrevistado, já começa a passar nas escolas superiores de Economia, Gestão, Engenharia, para “preparar os líderes de amanhã a partir dos exemplos de hoje”.

A palavra negócio não surge associada a “oportunidade”, mas a uma “nobre vocação”, pelo que João Pedro Tavares realça a necessidade de “criar valor e distribuir de forma que seja justa, inclusiva, que contribua para uma sociedade mais próspera”.

A partir de 30 anos de experiência em consultadoria, o presidente da ACEGE sublinha, “como cristão, que as pessoas estão no centro das organizações”.

“Temos de defender a dignidade das pessoas e tratar as empresas como meio de humanização e não desumanização”, frisou, destacando que a “taxa de acolhimento” entre empresários e gestores católicos portugueses “é muito elevada”.

João Pedro Tavares recorda, por exemplo, que durante o período da crise disseram aos empresários e gestores que fizessem “todos os ajustes necessários” para evitar o despedimento “como primeiro fator”, considerando que “despedir é o último” recurso.

G.I./Ecclesia:PR/CB/OC

CategoryIgreja, Pastoral

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