D. Francisco Senra afirmou que as famílias das vítimas do acidente de Borba «precisam de apoio já».
O arcebispo de Évora afirmou ontem em declarações à Agência ECCLESIA que a “interioridade de Portugal vive um desinvestimento muito acentuado”, que traz consequências dispendiosas, e afirmou que as famílias das vítimas do acidente de Borba “precisam de apoio já”.
“A atitude do poder central de desinvestir no interior é muito grave e vai trazer consequências a médio e a longo prazo mais dispendiosas do que se investissem aqui a fixar as populações”, disse D. Francisco Senra.
“O desinvestimento é uma realidade que gera um empobrecimento maior e cruza-se com desertificação populacional que gera o abandono dos bens naturais”, referiu o arcebispo de Évora, em Vila Viçosa, onde presidiu à celebração da Imaculada Conceição.
Para D. Francisco Senra, “as populações não se podem fixar se não houver condições” e, caso não existam “escolas com proximidade” ou “saúde acessível”, “tudo é um convite à partida”.
O arcebispo de Évora referiu-se ainda ao aluimento da estrada 255, numa pedreira em Borba, e disse que “não se espere para apurar as responsabilidades” para ajudar as famílias das vítimas”.
“Estas famílias precisam de apoio já. Não tem de esperar que se averigue quem tem a responsabilidade de as apoiar. O Estado, de um modo ou outro, é responsável, e como tal não podem esperar mais”, afirmou D. Francisco Senra.
Este sábado, após a celebração da Missa da Imaculada Conceição, em Vila Viçosa, D. Francisco Senra acompanhou o presidente da República num encontro com as famílias das vítimas, onde Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o Governo tem de “acorrer à situação destas famílias”.
G.I./Ecclesia:PR