Antigos responsáveis pelo setor da Pastoral Juvenil projetam impacto de umas jornadas em território nacional.
O padre Eduardo Novo, antigo diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, disse à Agência ECCLESIA que a concretização das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) em Portugal é um sonho de “longa data”.
O Vaticano anunciou que a cidade de Lisboa vai acolher a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2022.
A revelação foi acompanhada, no campo São João Paulo II, onde foi celebrada a Missa Conclusiva da JMJ 2019, por uma delegação do Patriarcado de Lisboa, presidida por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa; pelo presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa; e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
O padre Eduardo Novo considera que esta decisão é, para a Igreja Católica, um “sinal de alegria, entusiasmo e acompanhamento desta evangelização”.
O antigo diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) recorda que “nas anteriores participações, os portugueses sempre foram focando a importância e a disponibilidade para acolher umas JMJ”.
Nos contactos com os diversos organismos, o sacerdote acentua que “os portugueses mostraram essa vontade e motivação para acolher um evento desta grandiosidade”.
Em setembro de 2015, o secretário do Dicastério Leigos, Família e Vida (organismo da Santa Sé), padre João Chagas, esteve em Portugal “a convite do DNPJ” para “conhecer a realidade portuguesa” e “a dinâmica da Pastoral Juvenil”, frisou o padre Eduardo Novo.
Nesse contato, o antigo diretor da DNPJ recorda os elogios que o padre João Chagas fez à forma como os jovens portugueses “trabalhavam as mensagens dos dias mundiais da juventude”.
Outro antigo responsável pelo setor da Pastoral Juvenil, o padre Adérito Barbosa, recorda o Ano Internacional da Juventude, em 1985, e as primeiras jornadas de 1987, em Buenos Aires, onde esteve presente e recebeu a Cruz da Evangelização, entregue pelo Papa João Paulo II ao continente europeu na primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude de 1987, em Buenos Aires (Argentina),
O religioso dehoniano confessa que “nunca” pensou que pudesse acontecer uma JMJ em Portugal.
“Fiquei surpreendido, muito satisfeito, penso que é uma graça enorme”, refere à Agência ECCLESIA.
Para o especialista em Pastoral Juvenil, a JMJ 2022 é uma grande oportunidade, perante o aumento da indiferença religiosa e da desilusão de muitas pessoas.
“A vinda do Papa pode ser uma luz que nos ajude a encontrar caminhos de discernimento”, explica.
O padre Adérito Barbosa sublinha que as JMJ são “experiência de fé, autênticas” que compromete depois os responsáveis locais a “fazer das Jornadas uma fonte”
G.I./Ecclesia:HM/LFS/OC