Papa Francisco adverte quem se preocupa mais em julgar o próximo do que em corrigir os próprios defeitos.
O Papa Francisco alertou ontem no Vaticano para as consequências da maledicência e da “hipocrisia” de quem é muito duro no julgamento dos outros, sem se preocupar em corrigir os próprios defeitos.
“Pela língua começam as guerras”, assinalou, falando desde a janela do apartamento pontifício, antes de presidir à recitação da oração do ângelus.
Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa recordou os ensinamentos apresentados por Jesus Cristo, nas passagens do Evangelho que foram lidas, este domingo, nas igrejas de todo o mundo, criticando, em particular, a “bisbilhotice”.
“Falar mal dos outros… Isto destrói: a família, a escola, o local de trabalho, o bairro”, advertiu.
Perguntemo-nos: eu falo mal dos outros? Procuro sempre denegrir os outros? É mais fácil ver os defeitos dos outros do que os meus? Procuremos corrigir-nos, pelo menos um pouco, vai fazer-nos bem a todos”.
O Papa começou por observar que, para muitas pessoas, é “mais fácil ou mais conveniente perceber e condenar os defeitos e pecados dos outros, sem conseguir ver os próprios com tanta clareza”.
“Nós escondemos sempre os nossos defeitos, mesmo de nós mesmos. Pelo contrário, é fácil ver os defeitos dos outros”, prosseguiu.
Francisco lamentou que tantos católicos sejam “duros” na condenação dos outros, pedindo que todos tenham a consciência de ter “defeitos”.
“Assim, seremos credíveis, agiremos com humildade, testemunhando a caridade”, sustentou.
A intervenção assinalou ainda as recomendações deixadas por Jesus a quem tem responsabilidade – e que hoje se aplicam a “pastores de almas, autoridades públicas, legisladores, professores, pais” -, exortando-os a estar “conscientes do seu delicado papel e a discernir sempre o caminho certo” para liderar.
A agenda do Papa, este domingo, inclui nova visita a uma paróquia de Roma, desta vez a de São Crispim de Viterbo, no bairro Labaro, situado na zona norte da capital italiana.
O programa inclui encontros com crianças e adolescentes da catequese, pobres e sem-abrigo, doentes e pessoas com deficiência, antes da celebração da Missa.
G.I./Ecclesia:OC