D. Rui Valério presidiu a Missa no Domingo da Divina Misericórdia.
O bispo das Forças Armadas e de Segurança denunciou hoje o que classificou como “novas e mais requintadas formas de escravatura”, durante a Missa a que presidiu na igreja da Divina Misericórdia, em Odivelas.
“São lastimáveis as condições de trabalho em que muitos nossos conterrâneos são obrigados a desenvolverem e a desempenharem as suas profissões e a realizarem o seu trabalho: mal remunerados, escasso reconhecimento e respeito pela dignidade do trabalhador; não raro, assistimos a novas e mais requintadas formas de escravatura”, declarou D. Rui Valério, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo, que foi um dos “missionários da misericórdia” enviados pelo Papa Francisco no último Jubileu (dezembro 2015-novembro 2016), assinalou a celebração do Domingo da Divina Misericórdia, pedindo que “ninguém, em situação alguma, viva a dramática experiência de sentir que está afastado e distante da bondade do Pai”.
“Existem condições de vida, de trabalho, de saúde que estão efetivamente nos antípodas da misericórdia, uma vez que se situam distantes da graça do direito e da dignidade”, apontou.
D. Rui Valério falou da misericórdia como um dom e um “compromisso que impele à partilha, à distribuição pelos outros daquilo que se recebeu”.
No segundo domingo do tempo litúrgico da Páscoa, o responsável pelo Ordinariato Castrense em Portugal convidou à reflexão sobre a figura de Jesus Ressuscitado.
“Aquele que em tudo é agora plenamente Deus, ingressa nas nossas casas e na intimidade das nossas vidas, surpreende-nos ao longo do itinerário vário e tumultuoso da vida e nós vemo-lo, ouvimo-lo e tocamo-lo: eis a verdadeira obra de Misericórdia que Deus realizou uma vez por todas”.
A intervenção concluiu-se com uma oração à Virgem Maria, Mãe da Divina Misericórdia, para que todos tenham “um coração disponível a dar o que recebeu, pela graça do Espírito Santo”.
G.I./Ecclesia:OC