Investimento total ascendeu aos 2,4 milhões de euros.
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) informa que terminou a “reconstrução e reabilitação” de 48 habitações permanentes que foram afetadas pelos incêndios de junho de 2017 na região centro do país.
“Com uma intervenção complexa, todo o processo contemplou a reconstrução parcial de 27 habitações e total de 21 habitações”, informa a UMP em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
Em simultâneo, para além da construção e reconstrução de habitações, a União das Misericórdias Portuguesas promoveu diversas ações, “como o apoio às explorações agrícolas locais e a aquisição de alfaias, animais e plantações”, nas regiões afetadas pelos incêndios de junho de 2017.
O comunicado contextualiza que “o valor consignado” à parceria da UMP com a Fundação Calouste Gulbenkian, em articulação com o Fundo Revita, para a reconstrução das habitações foi de 2 373 762,48 euros, acrescido de 45 312,30 das seguradoras.
Com um total de 25 habitações recuperadas, o Município de Pedrógão Grande foi o que teve o maior número num “investimento total de 1 140 112,58 euros”, seguindo-se o de Castanheira de Pêra, com 14 habitações, e Figueiró dos Vinhos com três habitações.
Segundo a UMP, nos Municípios de Pampilhosa da Serra, Sertã, Góis e Penela foram reconstruídas “seis habitações permanentes, com um investimento total de 365 426,51 euros”.
2017 é considerado o ano mais trágico em Portugal em relação a incêndios: a 17 de junho, um fogo florestal com origem em Pedrógão Grande (Distrito de Leiria, Diocese de Coimbra) alastrou a vários territórios vizinhos e aos distritos vizinhos de Castelo Branco e Coimbra, provocando 66 mortos e 254 feridos; o prejuízo material foi calculado em mais de 500 milhões de euros; o segundo grande incêndio aconteceu em outubro, nos distritos de Coimbra, Viseu, Aveiro e Guarda, com 49 mortos e perto de 70 feridos.
A UMP adianta que, “no seguimento da sua política de total transparência na gestão dos donativos angariados”, disponibiliza o Relatório Trimestral de Execução, “com dados até maio último”, que podem ser consultados na plataforma digital ‘Juntos por Todos’.
A União das Misericórdias Portuguesas foi criada em 1976 para “orientar, coordenar, dinamizar e representar” as Santas Casas de Misericórdia; em todo o território existem 387, “algumas com mais de 500 anos de existência”, “apoiando diariamente mais de 165 mil pessoas” em áreas sociais estratégicas, como a educação, saúde, inclusão socioprofissional.
G.I./Ecclesia:CB/OC