CNE quer «acolher jovens de todo o mundo com uma cor escutista».
O Corpo Nacional de Escutas (CNE) vai assinalar em 2023 cem anos de existência e está a preparar um plano de comemorações que tem arranque previsto um anos antes, aquando da jornada mundial da juventude em Lisboa.
Para os escuteiros católicos, as JMJ em Lisboa são a ocasião ideal para o arranque das comemorações do primeiro centenário do escutismo católico português, e nesse sentido pretendem enviar o referido plano às Regiões escutistas às dioceses, e também ao Patriarcado de Lisboa na qualidade de anfitrião do grande encontro mundial de jovens católicos, em 2022.
Em declarações à Agência ECCLESIA, Ivo Faria, chefe nacional do CNE. salienta que as próximas JMJ são a ocasião ideal para “algo que permita ter uma vivência especial para os nossos escuteiros”
De momento tudo está ainda a ser estudado e numa fase embrionária, mas Ivo Faria considera que “as Jornadas não podem passar ao lado dos escuteiros que estão nos seus agrupamentos, nas suas dioceses” e faz votos de que “eles se motivem em grande força para esta iniciativa”
O mesmo responsável sublinha ainda que as JMJ “são fator de desenvolvimento e crescimento para os escuteiros, que são também jovens e os principais destinatários desta iniciativa”.
Ivo Faria sabe que os escuteiros irão estar na primeira linha de acolhimento e de todo o trabalho logístico que um evento desta natureza representa, o que por si só representa uma oportunidade.
“Vamos ter o mundo cá, não vai ser um Jamboree mas vão ser umas jornadas mundiais em que milhares de jovens, muitos deles escuteiros, vêm ao nosso país, e nós queremos acolher esses jovens com uma cor escutista”, assinalou.
Tendo em conta a componente celebrativa do primeiro centenário do Corpo Nacional de Escutas, Ivo Faria revela que o CNE gostaria de promover uma iniciativa numa ocasião em que tantos jovens estarão concentrados em Lisboa.
“Gostaríamos de ter um evento que possa marcar o início das nossas celebrações… mais que uma festa ou um dia, algo que seja o culminar de um percurso que os jovens fizeram nas jornadas e que marcará o arranque de uma etapa nova que há-de ser a celebração do centenário do escutismo católico no nosso país”, explicitou.
Foi no dia 27 de Maio de 1923 que o arcebispo de Braga D. Manuel Vieira de Matos e o Dr. Avelino Gonçalves fundaram o Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português.
O movimento chegaria rapidamente a todas as Dioceses do país através das suas estruturas locais, os agrupamentos, que abriam nas diversas comunidades paroquiais.
Hoje com 75 mil elementos, o CNE é a maior organização de juventude no nosso país e, desde 1983, reconhecido com Instituição de Utilidade Pública.
G.I./Ecclesia:HM