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Bispo diocesano sublinha «densidade espiritual» das celebrações.

O bispo de Lamego, D. António Couto, considera que é impossível tirar “da cenografia” da cidade a Senhora dos Remédios, sublinhando a “densidade espiritual” das celebrações que rodeiam anualmente o dia 8 de setembro.

“Não é apenas o cenário, a alma, as emoções e a densidade espiritual” que a Senhora dos Remédios coloca na localidade e no “mundo” que se desloca até àquele santuário, refere D. António Couto na reportagem que vai ser transmitida hoje no programa ECCLESIA , pelas 14h20, na RTP 2.

No início de setembro, a cidade de Lamego fica alterada na sua geografia demográfica e torna-se um pulmão religioso onde acorrem milhares de peregrinos para celebrar e viver a festa de Nossa Senhora dos Remédios.

Naquele santuário, que abraça a cidade e a região, as pessoas vão receber o “oxigénio da fé” e todos os peregrinos que “chegam a pé ou de autocarro” se deslocam para a Senhora dos Remédios; a região seria “totalmente diferente” sem esta referência, sublinha o bispo de Lamego.

Para preparar a festa realiza-se uma novena, que começa a 30 de agosto e termina a 7 de setembro, na qual os peregrinos, pelas 06h00, se congregam naquele santuário mariano para viverem a festa com “mais intensidade e interioridade”.

O atual santuário começou a ser construído em 1750, depois da Capela de Santo Estêvão (de 1361) e da primeira Capela de Nossa Senhora dos Remédios (de 1565). A inauguração aconteceu a 22 de Julho de 1761 e a obra só foi finalizada com a conclusão da segunda torre, em setembro de 1905.

O escadório foi edificado entre 1777 e 1966 e o parque florestal iniciado em 1898.

Há quatro séculos que a Novena de Nossa Senhora dos Remédios, que deu origem à festa, começa às 06h00 e do programa celebrativo consta a exposição do Santíssimo Sacramento, a saudação a Nossa Senhora e a recitação do Terço (06h10), depois a Ladainha, Consagração a Nossa Senhora e Oração de São Francisco (06h30) e bênção do Santíssimo Sacramento antes da Missa (06h45).

‘Missionários de Cristo na companhia de Maria’ foi o tema das festas que neste domingo realizou a procissão do Triunfo com a “particularidade rara” dos cinco andores serem puxados por várias juntas de bois, que participam desde a primeira procissão, em 1894.

A imagem original da Virgem com o Menino ao peito, datada do século XVI, encontra-se no trono do altar-mor da igreja e na sacristia está a imagem que é levada na procissão de Triunfo, e chegou ao santuário em setembro de 1904.

O santuário mariano está no Monte de Santo Estêvão e quem quer subir a pé desde o centro da cidade encontra uma escadaria com “616 degraus – no conjunto 925 degraus uns à esquerda e outros à direita” -, e tudo sinaliza a caminhada crente, “a caminhada do cristão para participar na novena e para chegar ao encontro de Cristo e da sua mãe”.

G.I./Ecclesia:LFS/OC

CategoryIgreja, Pastoral

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