A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alerta que “cresce” a “violência” no Chile onde há “mais igrejas atacadas e vandalizadas”, como a igreja da Assunção e a da Vera Cruz ou o Santuário de Maria Auxiliadora.
Em nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, a fundação pontifícia informa que um grupo de “vândalos encapuzados atacou violentamente” o Santuário de Maria Auxiliadora, esta segunda-feira, em Talca.
Do santuário da comunidade Salesiana, na região de Maule, a cerca de 255 quilómetros a sul da capital do Chile, os manifestantes levaram bancos de madeira para serem usados como barricadas nas ruas, destruíram imagens religiosas e móveis e danificaram o edifício “em claro sinal de desprezo”.
Segundo a AIS, ao mesmo tempo, um “violento incêndio” consumiu parte da igreja da Vera Cruz, no bairro turístico de Lastarria, em Santiago, depois do templo ter sido saqueado.
Antes destes ataques no início desta semana, um grupo de manifestantes encapuzados já tinha assaltado a igreja da Assunção, na Praça Itália, na capital do Chile, na tarde de sexta-feira, dia 8 de novembro; neste templo, as imagens também “foram retiradas e destruídas” e nas paredes escreveram frases contra a Igreja Católica.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre contextualiza que antes destes ataques já tinham registado “assaltos violentos” à catedral de Valparaíso, a 19 de outubro, um dia depois do início das manifestações, que começaram pelo aumento do preço dos bilhetes de metropolitano.
Os manifestantes atacaram também a Paróquia de Santa Teresa dos Andes, a 23 de outubro, e três dias depois novamente a catedral chilena.
A Conferência Episcopal do Chile alertou para o agravamento da violência no país e manifestou a sua solidariedade com os católicos de Santiago e de outras cidades onde foram profanados locais e imagens de culto.
A AIS adianta que as comunidades católicas têm procurado recuperar os templos assaltados e destruídos e dá como exemplo o pároco da igreja da Assunção, que é também o assistente eclesiástico da fundação no país da América Latina, que mobilizou os paroquianos poucas horas depois do ataque.
O Papa Francisco também manifestou a sua “preocupação” com a situação no Chile, apelando ao diálogo e ao fim da violência, no dia 23 de outubro, no final da audiência pública semanal na Praça de São Pedro.
G.I./Ecclesia:CB