Organismo católico incentiva a «cultura de honestidade e serviço ao bem comum».
A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), da Igreja Católica em Portugal, divulgou uma nota pelo Dia Internacional Contra a Corrupção, que se assinala a 9 de dezembro, pedindo que os cidadãos recusem “qualquer colaboração” em atividades ilícitas.
“Aos cidadãos em geral cabe um papel de recusa de qualquer colaboração na corrupção, de denúncia do fenómeno e, sobretudo, de difusão de uma cultura de honestidade e de serviço ao bem comum”, lê-se na nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.
No Dia Internacional Contra a Corrupção vai começar a ser distribuído o Selo Anticorrupção que apela a “Sociedade Justa, Negócios Éticos”, em linha com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 da Agenda 2030 da ONU – “A promoção da paz, da justiça e de instituições eficazes” – aprovada por 193 membros, a 25 de setembro de 2015.
A CNJP assinala que, para a concretização da Agenda 2030, “é imperativo” que as empresas integrem as suas metas nas “tomadas de decisão e que contribuam com o seu poder de inovação para um futuro mais sustentável e inclusivo”.
O organismo da Conferência Episcopal Portuguesa recorda que o Papa Francisco apelou aos governantes para lutarem com determinação contra formas endémicas de corrupção e especulação que aumentam a disparidade social e empobrecem as Nações, na sua recente viagem a África.
A CNJP contextualiza que com o Dia Internacional Contra a Corrupção a Organização das Nações Unidas (ONU), pretende “sensibilizar pessoas e governos de todo o mundo para este crime, com as suas implicações e custos”.
A ONU tem a decorrer uma campanha anticorrupção e qualquer organização pode associar-se, enviando a carta-tipo onde dirigem-se cinco pedidos aos Governo, até dia 9 de dezembro.
“Todos somos vulneráveis à corrupção e ninguém se pode considerar intocável”, disse Guilherme d’Oliveira Martins, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, no lançamento da campanha em Lisboa, promovido pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial, e pediu aos presentes para estarem “atentos, vigilantes, e apostar na transparência e partilha de boas práticas”.
A Comissão Nacional Justiça e Paz recorda que na sua mensagem para o Dia Internacional Contra a Corrupção 2018, o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, estimava que mais de três biliões de dólares são perdidos anualmente, em esquemas de corrupção.
G.I./Ecclesia: CB7OC