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Luís Marques Mendes participou na apresentação do livro “Escola de todos, para todos e com todos”, num debate que contou com intervenções de D. António Moiteiro, Fernando Magalhães e Pedro Barbas Homem.

Luís Marques Mendes afirmou ontem na apresentação do livro “Escola de todos , para todos e com todos” que não se podem construir “muros de Berlim” no setor da educação e disse que “a escola precisa de consensos”.

“O ministro da Educação não é da educação pública, mas de todas. Toda a escola que faz educação é bem-vinda. Não podemos estabelecer novos muros de Berlim quando estes acabaram há anos atrás”, afirmou o advogado.

Para o ex-líder partidário, a escola “precisa de consensos, como pão para a boca, capaz de motivar professores, tão necessários tanto na escola pública como privada”, e o livro hoje apresentado “mostra um esforço de consenso, de paz e estabilidade”.

Marques Mendes afirmou que “a ideia de fazer este livro é muito feliz” porque “afirma valores fundamentais”.

“Na sociedade em que vivemos, mais do que a força das decisões, é a força das convicções”, sublinhou.

A Associação Portuguesa de Escolas Católicas e a Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã apresentaram hoje o livro “Escola de todos, para todos e com todos”, onde reúnem 28 artigos de opinião publicados nos últimos anos sobre o ensino privado e a liberdade de escolha na educação.

A obra foi apresentada no Auditório da Renascença, em Lisboa, num debate moderado por Graça Franco, diretora de informação da Renascença, e que contou com intervenções de Luís Marques Mendes, D. António Moiteiro, presidente da Comissão Episcopal de Educação Cristã e Doutrina da Fé, Fernando Magalhães, presidente da Direção da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), e Pedro Barbas Homem, reitor da Universidade Europeia.

Para o diretor da APEC, o livro trata de “uma liberdade obstinadamente perseguida há tantos anos”.

“É assim que vemos a escola e não a conhecemos de outra forma, só queremos uma escola que seja de todos sem exclusões, discriminações ou vendas de consciência. É essa que defendemos e em que acreditamos: uma escola livre, que se afirma com os que a constituem todos os dias”, afirmou.

Fernando Magalhães considera que a tarefa da liberdade de escolha na educação “é por demais importante” e convoca pais, famílias, alunos das associações de estudantes e individuais e professores para o diálogo.

Pedro Barbas Homem afirmou também que a causa da liberdade de educação “convoca sucessivas gerações”, sobretudo quando emergem novos problemas em torno desta temática, como a necessidade de financiamento.

Para o reitor da Universidade Europeia, é necessário “assegurar uma verdadeira liberdade de escolha, numa sociedade desigual, económica e territorialmente”, e garantir a “qualidade de ensino” numa oferta educativa “cada vez mais desigual”.

D. António Moiteiro sublinhou, por sua vez, que a educação “é um tema fundamental” na construção do hoje e do amanhã, lembrando a iniciativa do Papa Francisco ao convocar os profissionais da área da educação para um encontro no Vaticano, no dia 14 de maio de 2020, sobre o tema “Reconstruir o pacto educativo global”.

“Mais do que nunca precisamos de uma ampla aliança educativa capaz de formar pessoas que construam uma humanidade mais fraterna”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal Educação Cristã e Doutrina da Fé.

“Juntos, procuremos soluções”, afirmou o também bispo de Aveiro, desafiando a “iniciar sem medo o processo de transformação e olhar para o futuro com esperança, assumindo compromissos pessoais e comunitários, assumindo um humanismo solidário”.

A Associação Portuguesa de Escolas Católicas viu os seus estatutos aprovados pela Conferência Episcopal Portuguesa em abril de 1998 e conta hoje com 90 escolas católicas associadas.

G.I./Ecclesia:LS/PR

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