Monges da comunidade ecuménica partilharam várias mensagens de responsáveis religiosos e políticos, como António Guterres.
O Papa Francisco incentivou os participantes do Encontro Europeu de Taizé a “aprofundar” o tema ‘Sempre na estrada, nunca desenraizado’ que vai congregar milhares de jovens, a partir deste sábado, em Wrocław, na Polónia.
“Estejam sempre prontos para começos novos, para testemunhar o Evangelho e para estar plenamente disponíveis para as pessoas ao vosso redor, especialmente os mais pobres e infelizes”, lê-se na mensagem assinada pelo secretário de Estado do Vaticano, D. Pietro Parolin.
O Papa Francisco lembra aos jovens que a Polónia é a “terra-natal do Papa João Paulo II” e que o seu sucessor acompanha-os “com a oração e encoraja a aprofundar” o tema que os reúne em Wrocław ‘Sempre na estrada, nunca desenraizado’, com os cristãos da Polónia.
“A Polónia é um país que tem suas raízes na fé. São essas raízes que permitiram que essas pessoas se sustentassem nas grandes provações, quando a esperança foi abalada”, assinala.
Neste contexto, acrescenta que, até dia 1 de janeiro, os participantes do Encontro Europeu da Comunidade de Taizé vão descobrir que “há muito a aprender” com os que “permaneceram fiéis a Cristo” quando a tentação teria sido “ceder” mas esses cristãos “ousaram acreditar” noutro futuro.
Francisco espera que os participantes possam descobrir “juntos” que “profundamente enraizado na fé os chama e prepara” para ir ao encontro dos outros e “responder aos novos desafios das sociedades, em particular, os perigos sobre a casa comum”.
Na mensagem, assinada por D. Pietro Parolin, lê-se que o Papa abençoa “todos” os que participam no encontro europeu: “Jovens, os irmãos da Comunidade de Taizé, as famílias e as paróquias que os recebem”.
No seu sítio online, os monges partilharam as mensagens que foram enviadas aos participantes do 42º Encontro Europeu de Taizé, que se realiza em 28 de dezembro e 1 de janeiro, em Wroclaw, como: Do patriarca Ecuménico Bartolomeu, do patriarcado de Moscovo, o arcebispo de York, do secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, e da diretora executiva da Comissão Teológica da Aliança Evangélica Mundial.
O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, recordou que participou numa reunião em Taizé, “quando era estudante universitário”, e “essas memórias permanecem vivas”.
“Admiro muito os seus esforços para reunir pessoas de tantos países e tradições; A cooperação internacional é mais importante do que nunca, e o mundo precisa dos jovens, em particular, para continuar pressionando por ações, soluções e mudanças”, desenvolveu, e fez “um apelo especial” aos jovens para agirem “em nome do clima”.
A presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, recorda que este ano comemora-se o “30º aniversário do desmantelamento da cortina de ferro e a queda do Muro de Berlim”.
Neste contexto, a política alemã pediu aos jovens para pensarem na “coragem de todos que lutaram pela liberdade”, em todos que “defenderam os seus valores”, no que “unidade, paz e reconciliação” significavam para eles.
A comunidade de Taizé (França), a cerca de 360 quilómetros de Paris, congrega uma centena de monges, de várias Igrejas cristãs e de mais de 30 países, unidos como “sinal de reconciliação entre os cristãos e os povos separados”; Fundada a 20 de agosto de 1940, por Roger Schutz, pastor protestante suíço, e começou por acolher perseguidos políticos, judeus e mais tarde prisioneiros alemães.
G.I./Ecclesia:CB