Aos pastores e ao povo de Deus:
Louvemos a Deus na provação, no desejo de um maior bem e de saúde para todos. Na adversidade, digamos: “Graças sejam dadas a Deus, que nos faz participar do seu triunfo em Cristo e que, através de nós, espalha o perfume do seu conhecimento no mundo inteiro. De facto, diante de Deus nós somos o bom perfume de Cristo…!” (2 Cor 2, 14-15a).
- Conscientes do agravamento da situação pandémica atual, queremos continuar a alimentar a esperança, cooperando na solução do problema sanitário, com sentido de responsabilidade social. Com todo o empenho e determinação, somos chamados a fazer o que estiver ao nosso alcance para que a celebração da fé não seja um obstáculo, mas uma ajuda.
- Considerando as orientações emanadas pelo Conselho de Ministros para o confinamento que hoje se inicia, continuaremos com a celebração da Eucaristia, segundo as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa, de 8 de maio de 2020, tendo presentes também os acrescentos dados para a realidade da nossa Diocese, na Nota Pastoral de 21 de maio de 2020: “Alimentar a Esperança na Corresponsabilidade”.
Quanto à celebração das Exéquias, cumpra-se o previsto no ponto 4.8 da referida Nota Pastoral: ”A celebração dos funerais, até novas orientações, continua a realizar-se exclusivamente no cemitério, com o melhor cuidado pastoral…”. Cuidemos dos que sofrem e estão de luto, e rezemos pelos que partiram, implorando para eles os méritos do Mistério Pascal de Cristo.
- “Outras celebrações, como Batismos, Crismas e Matrimónios, devem ser suspensas ou adiadas para momento mais oportuno, quando a situação sanitária o permitir. A catequese continuará em regime presencial onde for possível observar as exigências sanitárias; de contrário, pode ser por via digital ou cancelada. Recomendamos ainda que outras atividades pastorais se realizem de modo digital ou sejam adiadas” (Comunicado da CEP, 14 de janeiro de 2021). Pelo bem maior que é a saúde pública, algumas atividades podem ser adiadas ou suspensas, depois de feito o conveniente discernimento.
- Saibamos agir com prudência, contribuindo para o bem comum, num compromisso solidário com o esforço de todos, abrindo-nos à esperança e confiando sempre no Deus clemente e misericordioso que invocamos.
- Imploremos, com a nossa oração, a proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria, Saúde dos Enfermos, e a sua intercessão para que a pandemia chegue ao seu fim, de modo que todos possamos superar, com esperança e crescimento interior, esta provação.
Viseu, 15 de janeiro de 2021.
† António Luciano dos Santos Costa, Bispo de Viseu