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Observatório Pastoral

Como escrevíamos na edição anterior, “Estamos a entrar num território desconhecido para muitos e de onde os jovens atualmente desejam sair…”. Esta é uma realidade desconhecida de muitos e que parece nem ser verdadeira, face à utilização do digital pelos dos jovens.

Infelizmente, os jovens expostos cada vez mais ao digital, nomeadamente através do ensino ministrado no digital, que incrementa horas à frente de um ecrã, às já muitas horas passadas nas redes sociais, têm vindo a sentir-se mais ansiosos, mais frágeis, mais deprimidos e menos confortáveis a correr riscos. Devido às constantes comparações, promovidas pelo digital, os jovens sentem-se mais inseguros, pois comparam-se a padrões irreais de beleza.

Tudo isto contribui para que esta Geração Z, esteja a crescer com dificuldades relacionais, tornando-se pessoas para que quando estão desconfortáveis, solitários, incertos ou com medo têm uma chupeta, um calmante digital que os está a atrofiar na sua capacidade de lidar com isso. Se, por exemplo, para os canais televisivos existe legislação para a manhã dos sábados, que protege as crianças de publicidades, no digital não existe qualquer tipo de legislação de proteção.

Como diz o número 104 da exortação “Christus Vivit”(CV) – “…é verdade que o mundo digital pode expor-te ao risco de te fechares em ti mesmo, de isolamento ou do prazer vazio.”. Por tudo, os jovens atualmente desejam sair desta dependência digital, deste desconforto e espiral depressiva.

Como pode então a Igreja, contribuir para que os jovens se sintam mais confiantes e seguros, com o digital? Atentos à continuação do número 104 (CV) lemos – “Mas não esqueças a existência de jovens que, também nestas áreas, são criativos e às vezes geniais. É o caso do jovem Venerável Carlos Acutis.

Assim, no ambiente digital, a Igreja com a sua “experiência” de comunidade pode aproveitar e potenciar o melhor do digital que é o diálogo, a possibilidade encontro e intercâmbio entre as pessoas, bem como o acesso à informação e ao saber. Usar o digital para alcançar e envolver os jovens nas próprias iniciativas e atividades pastorais.

Mais, a Igreja deverá procurar ser um farol de esperança e fundamentalmente acompanhar os jovens neste novo continente desconhecido, para que sintam que fazem parte na realidade e no real desta grande família cristã e católica, contribuindo assim para a transição de uma comunicação desestruturante, para uma comunicação boa e saudável.

 

Fernando Diniz Chapeiro
Pastoral Juvenil
CategoryDiocese, Pastoral

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