O ciclo litúrgico da celebração do Natal lembra, mais uma vez, aos cristãos e a toda a humanidade, que os acontecimentos salvíficos, revelados no nascimento de Jesus, são a grande manifestação de Deus ao seu povo.
Deus revelou-Se aos pastores e aos magos do oriente através de mensageiros celestes, os seus Anjos, que anunciaram com alegria o nascimento do Salvador em Belém. Os Magos, atentos aos sinais dos astros, descobriram uma estrela diferente, que os conduziu à cidade de Belém, ao lugar onde estava Jesus com Maria e José. Entraram na casa, viram o Menino, adoraram n’O e ofereceram-Lhe os seus presentes: ouro por ser Rei, incenso por ser Deus e mirra por ser verdadeiro homem.
Por isso a Epifania é a grande revelação de Jesus aos gentios. Todos aqueles que se deixam conduzir pela luz de Deus e através da manifestação da “Estrela de Belém” são iluminados, encontram Jesus nas suas próprias vidas e depois se tornam evangelizadores, e, como discípulos missionários, são chamados a ir anunciar a Boa Nova por outros caminhos.
No dia do nosso Batismo, tornámo-nos filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo e templos do Espírito Santo. Somos filhos da promessa que Deus fez ao seu povo, quando se revelou na “plenitude dos tempos” ao nascer de uma mulher, em tudo igual à lei exceto no pecado. Pelo sacramento do Batismo tornámo-nos filhos da Igreja, por isso, ao celebrarmos a festa do Batismo de Jesus, queremos renovar as nossas promessas batismais em sintonia com a caminhada de renovação e sinodalidade que nos está a ser pedida pela Igreja.
Professemos a nossa fé num só Senhor, num só Batismo e numa só Igreja, que nos convida a “caminhar juntos”.
Caminhemos todos com alegria, em caminho de santidade, desde o Batismo até à Eucaristia, formando a única família de Deus a viver e a testemunhar a esperança pascal.