Observatório Pastoral
Alguns afirmam que a liderança se aprende, outros que a liderança é um dom natural. Ao longo da vida, percebe-se que muitos evoluem nas formas de liderar, conseguem aprimorar o relacionamento e lidar melhor com as pessoas. Francisco inspirou o americano Jeffrey A. Krames a escrever o livro “Liderar com Humildade”. O autor descreve como o Papa Francisco se está a tornar um dos maiores líderes da humanidade em 12 lições:
- Liderar com humildade. Papa Francisco acredita que a humildade capacita os líderes na qualidade da liderança. “Se conseguirmos desenvolver uma atitude verdadeiramente humilde, poderemos mudar o mundo”, escreveu ele. A humildade é a mãe de todas as virtudes.
- Cheirar como o seu rebanho. Este é um preceito do Papa Francisco que significa: “imergir em qualquer grupo que se está a liderar”. Bergoglio (Papa Francisco) é conhecido como o “Bispo dos pobres”, pela sua atuação nas favelas argentinas, por respeitar cada um na sua forma de ser, e por fazer no quotidiano as coisas mais básicas.
- Quem sou eu para julgar? O líder não deve ter o papel de julgar aqueles que são diferentes dos outros. As lideranças deveriam – em vez de julgar – ouvi-los, avaliá-los e concentrar-se nos seus pontos fortes.
- Não mudar: Reinventar. Muitos são contra a ideia de que o Papa Francisco “está a mudar tudo” dentro da Igreja. Na verdade, apenas reinventou a maneira de viver o Catolicismo. Desde o conclave, o seu método é o mesmo: “a misericórdia”.
- Fazer da inclusão uma prioridade. O Papa sublinhou a importância de um diálogo aberto e da comunicação; incluir todos, os de dentro e os de fora da Igreja, os “justos e pecadores”.
- Evitar a mesquinhez. Francisco rejeita a ideia de se conseguir tudo sozinho; ele tomou medidas, depois que foi eleito, de fazer com que as multidões se reúnam para rezar com ele os caminhos da Igreja.
- Escolher o pragmatismo sobre a ideologia. O Papa dá a chave para abrir a porta da condução dos seres humanos: a realidade está acima da ideia. Quando atuamos de maneira contrária na missão católica, invertemos o sentido.
- Empregar a ótica de tomada de decisão. Francisco aplica no governo da Igreja a política organizacional. Ele reconhece a importância das decisões do líder. A função de um bom líder é saber e ousar decidir.
- Liderar a comunidade como um hospital de campanha. A visão do Papa Francisco para a Igreja Católica passa por “curar as feridas e aquecer os corações” dos fiéis. A Igreja tem de estar envolvida no âmago da questão de vida humana.
- Viver na fronteira. A fronteira não é um lugar físico, uma linha ou muro. É a maneira de ser testemunha. É a coragem e a audácia de sair da zona de conforto. A fronteira é tudo aquilo “que não gira ao seu redor”. Ou seja, superar o narcisismo ou sair de si mesmo.
- Confrontar a adversidade de frente. O Papa Francisco sustenta que as lideranças podem aprender a transformar a adversidade numa vantagem. Fazer isso requer enfrentar as adversidades de cabeça erguida e com frontalidade.
- Prestar atenção a todos. Francisco demonstra uma vontade de chegar àqueles que andam afastados da Igreja Católica. O líder deve ter um objetivo similar. Sem esquecer os fiéis existentes.