Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

A tríplice missão da Igreja concretiza-se nos verbos ensinar, santificar e governar, que se desdobram em tantos outros verbos identificados em gestos, palavras e serviços de caridade fraterna aos pobres, no acolhimento aos refugiados e migrantes, no cuidado aos idosos, doentes e frágeis da sociedade.

Precisamos de descodificar a palavra Cáritas no quotidiano da nossa vida, tornando-a mais familiar em tantas realidades, serviços e respostas pastorais de modo a integrá-la aquilo que são os verdadeiros desafios da Pastoral Social e da Mobilidade Humana na Igreja. O amor é uma doação total de si mesmo aos outros.

A Cáritas é uma Instituição da Igreja Católica cuja missão é partilhar e ajudar com respostas sociais concretas aqueles que mais precisam. Através dos seus serviços a Cáritas desenvolve um trabalho em rede a nível internacional, nacional, diocesano e paroquial de um valor incalculável. Onde está a instituição Cáritas, aí aparece o rosto e o agir caritativo de Cristo e da Igreja. É muito importante a missão da Cáritas e torna-se urgente chegar a muitos lugares recônditos onde há guerras, conflitos e tragédias humanas e sociais. Através das suas instituições, lares, centros de acolhimento, creches, escolas, serviços, funcionários, colaboradores, benfeitores e voluntários, a Cáritas consegue chegar muito longe e atingir muita gente.

O seu trabalho da Cáritas destina-se a acolher, a ajudar, a cuidar a pessoa humana nas mais diversas situações da vida, inspirando-se no mandamento novo do amor, no ícone do bom Samaritano, que se encheu de compaixão ao cuidar do homem que se encontrava caído à beira do caminho praticando as obras de misericórdia.

Uma das características da Cáritas é a sua organização enquanto serviço de levantamento e cuidado dos pobres, das famílias, dos indigentes e marginalizados da sociedade. Os seus técnicos formados nas mais diversas áreas do saber fazem primeiro uma triagem para conhecer as necessidades das pessoas e responder depois às diversas formas de pobreza e vulnerabilidades da vida.

A missão Cáritas consegue chegar a muitos lugares e pessoas, que de outro modo a Igreja não teria outra forma de chegar. O seu reconhecimento internacional e nas Igrejas locais junto das autoridades civis é muito importante e indispensável para uma cooperação social mais produtiva e eficaz.

É preciso educar para a solidariedade e fraternidade social. Todos somos irmãos. Todos juntos podemos ajudar mais e cuidar melhor dos pobres. O serviço da caridade na Igreja não tem fronteiras e destina-se a todos os que precisam com muitos rostos.

Embora a Igreja tenha uma grande rede de Instituições Particulares de Solidariedade Social, Misericórdias, Conferências Vicentinas, Núcleos da Legião de Maria, Equipas de Pastoral Social nas paróquias é importante dinamizar a instituição Cáritas para chegar onde este serviço pastoral ainda não está implantado. Só uma grande preocupação pela vertente social da Igreja pode fazer crescer esta rede de cuidado e serviço dos mais pobres nas dioceses do mundo.

A Cáritas para desenvolver a sua missão precisa da ajuda e partilha de todos. O apoio estatal, o contributo dos benfeitores e o peditório anual no terceiro domingo da Quaresma para ajudar a Cáritas é importante, mas todos devemos contribuir. A Semana da Cáritas com várias iniciativas nas dioceses decorre este ano do dia 5 a 12 de março. Todos os cristãos são convidados a partilhar o seu pão com os mais pobres, através do peditório a realizar em todas as Igreja no domingo 12 de março para ajudar a Cáritas Portuguesa desenvolver os seus projetos sociais. O caminho Quaresmal não pode esquecer o compromisso dos cristãos na oração, no jejum e na esmola para ajudarmos os pobres, que a Instituição Cáritas assiste.

A Igreja que é Mãe, convida-nos a cuidar dos seus filhos, principalmente os mais pobres e marginalizados na vida. Rezemos para que a caridade organizada na Igreja cumpra sempre os seus objetivos de fazer o maior bem e cuidar de quem precisa. Sejamos generosos na partilha de bens e no peditório a favor da Cáritas Portuguesa.

 

† António Luciano, Bispo de Viseu
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