A gratidão como memória agradecida deve estar sempre presente na nossa vida e da Igreja, marcando o ritmo da nossa esperança em cada dia
Realizadas as Jornadas Mundiais da Juventude, que decorreram com muita alegria, com dignidade e respeito, com sentido de novidade e criatividade pastoral, muitos jornalistas, comentaristas e pessoas anónimas entrevistadas, foram unânimes em afirmar que foram um sucesso, um evento único na história de Portugal. O Papa Francisco ao falar deste encontro mundial de jovens afirmou mesmo, que foram as JMJ mais bem preparadas em que ele participou.
O Papa Francisco é alguém que sabe estar no meio dos jovens, um jovem com muitos anos entre os jovens, que cativa pelo sorriso, pelas palavras e pelos gestos.
Ensina-nos a todos a saber estar com os jovens, a conviver com eles e a dizer-lhes coisas importantes, mensagens fortes, através de uma linguagem simples e clara. O Papa sabe comunicar aos jovens aquilo que eles precisam de saber e gostam de ouvir:
“Acima de tudo foi Deus que vos chamou. Não estais aqui por acaso. O Senhor chamou-vos, não apenas nestes dias, mas desde o início das vossas vidas. Chamou-nos a todos desde o início da vida. Chamou-nos pelo nome. Nenhum de nós é cristão por acaso. Todos nós fomos chamados pelo nome. No início da teia da vida, antes dos talentos que temos, antes das sombras e das feridas que trazemos dentro de nós, fomos chamados. E fomos porque somos chamados, porque somos amados. Aos olhos de Deus somos filhos preciosos que Ele chama todos os dias para abraçar e encorajar, para fazer de cada um de nós uma obra prima única e original e a beleza de tudo isso não a podemos vislumbrar” (Papa Francisco aos jovens na JMJ, Lisboa 2023).
As JMJ foram dias vividos intensamente por todos, pelos jovens e adultos, pelo clero, Bispos, consagrados (as), leigos e voluntários, que participaram neste grande encontro do Papa com os jovens do mundo inteiro. Francisco carinhosamente disse-lhes muitas coisas: “Queridos jovens que estes sejam dias em que gravamos nos nossos corações, que somos amados como somos e não como gostaríamos de ser”.
No encontro com os voluntários da JMJ, no Passeio Marítimo de Algés, Lisboa, na despedida o Papa Francisco disse: “Obrigado ao Patriarca de Lisboa pelas sua palavras, a D. Américo Aguiar e a todos vós por terdes trabalhado tanto e bem: tornastes possível estes dias inesquecíveis!” (Papa Francisco na JMJ Lisboa, 2023).
Esta gratidão é também para o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, homem de uma grande estatura moral, e elevada dimensão espiritual, que muito dignificou e fez crescer o prestígio da Conferência Episcopal Portuguesa e da Igreja em Portugal. Muito obrigado por ter sonhado e concretizado com elevado grau humanista e espiritual todo o programa das JMJ. Como sacerdote, professor, amigo, Bispo e Patriarca de Lisboa muito contribuiu para o crescimento da Igreja em Portugal, da comunhão episcopal e para um maior desenvolvimento do saber teológico, da história e da cultura na Igreja e na sociedade portuguesa.
Agora que deixa de ser o Pastor da Igreja de Lisboa, que Deus o recompense por todo o trabalho pastoral realizado e o abençoe na sua missão de continuar a servir a Igreja.
Desejo também ao novo Patriarca eleito de Lisboa Dom Rui Valério, as maiores bênçãos de Deus e a proteção de Nossa Senhora de Fátima para o novo serviço episcopal, ao cuidado do povo de Deus do Patriarcado de Lisboa.
Por fim agradeço ao Senhor D. Américo Aguiar Presidente da Fundação da Jornada Mundial da Juventude, todo o seu trabalho e empenho de gestão, de liderança e fé colocado durante o longo processo de preparação das Jornadas, nas Pré-Jornadas e na realização das Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa presididas pelo Papa Francisco. Para a sua nova missão como Cardeal, agora inspirado por tão grande bem e experiência na realização da JMJ, desejamos-lhe as maiores felicidades. Agradeço também a D. Joaquim Mendes, Bispo auxiliar de Lisboa, ao presidente da CEP, D. José Ornelas e a todos os Bispo de Portugal o empenho que colocaram na realização das Jornadas
Gratidão a um milhão e meio de participantes nas JMJ, ao COL, aos COD e aos COPs, às famílias de acolhimento, aos voluntários, aos benfeitores e a todos aqueles que são chamados a continuar a missão da esperança com os jovens nas suas Dioceses.
Guardemos no coração a beleza e a frescura eclesial da JMJ em Lisboa de 2023, nos discursos, nas mensagens, nas orações e homilias do Papa Francisco, para que deem muitos frutos na vida dos jovens e dos cristãos e transformem a vida Igreja neste novo milénio com a proteção e o auxílio de Maria, Rainha e Mãe, a “Estrela da Nova Evangelização”.