Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Observatório Pastoral

Ser raiz de alegria pascal na esperança do acolher e do acompanhar.

A raiz e a alegria do acolhimento têm o seu fundamento em Deus, fonte da nossa caridade e da nossa esperança no encontro com Deus, com os outros e com a Criação. O encontro e o acolhimento do outro para ser verdadeiro e feliz deve brotar sempre de um coração novo e repleto de alegria pascal. Depois vem a relação para criar um clima de diálogo aberto, franco e sincero com Jesus, com a Igreja e o mundo.

O acolhimento da pessoa humana na relação com os outros proporciona-nos com simplicidade e humildade um dinamismo de verdadeiro encontro que nos leva à escuta, ao diálogo, à reflexão, ao estudo, ao perdão e ao discernimento sinodal, caminho feito na Igreja chamada a propor a todos um estilo novo de vida para a realização da sua missão no mundo.

A sinodalidade é a essência da própria Igreja, o caminho que Deus espera de si mesma no terceiro milénio. Este caminho pessoal e comunitário requer uma verdadeira conversão pessoal e interior, como decisão importante da experiência pascal na nossa vida, para acontecer a tão desejada renovação espiritual e pastoral.

“Espero que todas as comunidades se esforcem por ativar os meios necessários para avançar no caminho de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão” (EG 25). Este é também um desafio pastoral para cada um de nós e para a Diocese de Viseu, que já vem de um triénio: “Caminhar na Santidade”, reflexão sobre os Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Eucaristia e Confirmação, que deve continuar a fazer parte desta peregrinação em que nos empenharemos todos a refletir sobre “as raízes da alegria, do acolhimento e do encontro”, para “Conhecer Jesus” (2023-2024); desafio do primeiro ano do triénio do Projeto Pastoral: “Jesus chama-te, apressa-te.

O encontro com Jesus, leva-nos ao verdadeiro discernimento deste caminho cristão que está ancorado na tríade do mistério trinitário de Deus: na Sua Palavra, na Liturgia, na Evangelização e Catequese, na dimensão social e na prática da caridade e cuidado, a exemplo do bom Samaritano. (…)

     Fui Eu, que vos chamei e escolhi para trabalhar como discípulos missionários.

A parábola da vinha (cf. Mt 20, 1-16) e o chamamento sucessivo do Senhor aos trabalhadores que encontra na praça sem serem contratados para o serviço da sua vinha é um belo texto para nos falar do chamamento do Senhor, do encontro com o Mestre e do acolhimento que Jesus faz a cada um de nós.

O Papa Francisco na Alegria do Evangelho afirma: “Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação em que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão desse deixar encontrar por Ele, de o procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que “da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído” (Paulo VI, Gaudete in Domino, 22) e (cf. EG 3).

Este texto ajuda-nos a valorizar o itinerário do nosso Projeto Pastoral para o triénio (2023-2026) no seu lema e nos seus objetivos, a partir do princípio da gradualidade pastoral: no 1º ano: “Conhecer Jesus” [Chamados] (2023-2024); no 2º ano: “Sentir a Igreja” [Transformados] (2024-2025); e no 3º ano: “Prontidão para a Missão” [Enviados] (2025-2026).

 

  1. António Luciano

Excerto da Carta Pastoral da Diocese de Viseu 2023-26

CategoryBispo, Pastoral

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