Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Quando as armas se calarem em todo o mundo e a pessoa humana se sentir segura de si mesma, a paz será uma realidade.

A recente Cimeira pela Paz para a Ucrânia reuniu 60 líderes mundiais e representantes de cerca de 80 governos, entre os dias de sábado e domingo passado na Suíça.

Todos chegaram cheios de esperança e confiança ao território de um país pacifista, a começar pelo presidente da República da Ucrânia, Zelensky. Foram dois dias com uma agenda cheia de bons propósitos, com discursos, diálogos e desejos inolvidáveis de paz, mas que não atingiram os seus objetivos, a paz.

Foi uma mega cimeira pela paz esperada por todos como um resultado adquirido, onde participaram chefes de estado e representantes de muitos países mas que terminou em fracasso. É preciso continuar a reunir, trabalhar, refletir e dialogar sobre a essência da paz. Desta vez era o fim da guerra na Ucrânia, a implementação da paz mas faltou uma das partes, a representação da Rússia.

A paz é um sonho, um desejo, uma verdade inqualificável, um dom e um direito de todos, que no momento presente está longe de ser alcançado.

A guerra na Ucrânia, os ataques da Rússia, a destruição da Palestina, os escombros da Faixa de Gaza, a força bélica de Israel e os conflitos noutros países do Médio Oriente, não podem deixar ninguém dormir tranquilo.

A ausência da paz contrasta com os ressentes massacres na República Democrática do Congo, os ataques de Cabo Delgado em Moçambique e os conflitos armados e violências tribais em tantos povos da América Latina.

Deus criou-nos para vivermos na paz e na concórdia, mas a sociedade experimenta o contrário. Podemos afirmar, que o nosso mundo está doente e enfraquecido em muitas frentes e dimensões, que nos levam a um estado de vulnerabilidade e enfraquecimento humano e social.

Não baixar os braços, pois tudo devemos fazer pelo fim da guerra e da violência entre as pessoas e nações.

Como pessoas de boa vontade tudo devemos fazer para construir a paz. Como cristãos devemos intensificar a oração para alcançar a “paz justa e duradoura” como pediu o Secretário de Estado do Vaticano Cardeal Parolin na Cimeira pela Paz na Suíça. Convido os cristãos da Diocese de Viseu a rezar para alcançar a paz no mundo.

A nível global estamos longe de experimentar a riqueza da paz na nossa vida pessoal, em casa, na rua, no bairro, na escola, no trabalho, na aldeia, na vila, na cidade e na nação.

A Paz é um dom de Deus e uma promessa de Cristo. “A paz esteja convosco” (Jo 20,20). Acolhamos no coração humano o dom da paz e trabalhemos para que as armas e o material bélico não matem mais nenhum ser humano nem destruam a beleza da “Casa Comum”, que Deus criou para toda a humanidade.

Chamados a sermos construtores de paz, pontes de diálogo e casas de fraternidade sejamos solidários com todas as vítimas de conflitos e guerras, refugiados espalhados pelo mundo. Levemos a todos a esperança de um mundo pacífico, de uma vida nova na certeza de uma civilização justa e fraterna, que nasce num coração nobre e generoso.

É urgente continuar a incrementar “Cimeiras pela Paz”, “Celebrações pela Paz”, a trabalhar, a dialogar e a rezar pela paz e reconciliação entre os povos.

Como São Francisco de Assis digamos todos juntos e sempre: “Senhor fazei de mim um instrumento da vossa paz”!

+António Luciano, Bispo de Viseu

 

CategoryBispo, Igreja

© 2016 Diocese de Viseu. Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento: scpdpi.com

Siga-nos: