Hoje, dia 19 de julho, data em que se assinala o aniversário de Aristides de Sousa Mendes, foi inaugurado o Museu com o seu nome, na antiga Casa do Passal, em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal. Trata-se de um marco importante para perpetuar a memória do então cônsul de Portugal em Bordéus que salvou milhares de vidas ao conceder vistos de entrada em Portugal a refugiados de várias nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940.
O Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, esteve presente na cerimónia da inauguração do Museu, presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na presença do Presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, Paulo Ferraz, de autoridades civis, militares e eclesiásticas, bem como de um grande número de cidadãos.
D. António Luciano congratulou-se com o convite para estar presente nesta cerimónia tão importante para as gentes de Cabanas de Viriato, mas também para todo o país e para o mundo, que agora têm um local onde podem ficar a conhecer as memórias da família Sousa Mendes, perpetuando o ato de heroísmo praticado por Aristides de Sousa Mendes. “A mensagem de Aristides de Sousa Mendes não é só verbal ou escrita. Hoje as suas atitudes tornam-se uma herança humanista reconhecida internacionalmente. Homem e estadista, soube colocar o bem das pessoas acima de tudo, inclusive dele próprio, contrariando atitudes discriminatórias ou mesmo provocadoras de morte. Que a sua vida inspire todos os cidadãos do mundo a construírem uma nova civilização assente nos valores do respeito pelo outro, na promoção da dignidade humana e na construção da paz tão necessária no mundo de hoje”, realça.
O Bispo defende ainda que Aristides de Sousa Mendes “deve ser apresentado aos jovens e às futuras gerações como alguém que nos inspira e educa para a formação dos valores integrais que definem a grandeza da pessoa humana”.
Também o Papa Francisco se uniu a este dia, tendo enviado uma mensagem a saudar todos os que estiveram presentes “não apenas para homenagear, mas para beber do legado de um homem perito em humanidade, justo entre as nações”, como se pode ler na mensagem.
O Papa diz ainda que “são testemunhos de fraternidade como o deste diplomata português que nos encorajam e não nos deixam perder a esperança”.