Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

O poder de intercessora da Mãe de Jesus glorificada no Céu junto de Seu Filho a cuidar de cada um de nós, que ainda peregrina na terra é testemunha da graça divina e da sua presença contínua, que “com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna” (LG 62).

A Solenidade da Assunção de Maria elevada à glória do Céu em corpo e alma é um sinal da certeza sobrenatural do amor divino, de que quando vivemos unidos ao Senhor e morremos no Senhor, participaremos para sempre junto de Deus na sua glória no Céu.

A Assunção ao Céu, celebrada festivamente pela Igreja evoca a glorificação de Maria junto de Deus, testemunha fiel da destruição do mal e do pecado no mundo. Com a sua graça e virtudes mostra a toda a humanidade a grandeza de Maria no mistério da Sua Conceição, da Sua Maternidade Divina como Mãe de Cristo e da Igreja, da Sua Assunção ao Céu, onde como intercessora dos cristãos junto do seu Filho Jesus, na glória do Pai e na comunhão com o Espírito Santo intercede por todos nós. Na glória do Céu, “Maria, cuida com amor materno, dos irmãos de Seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada.

Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro e medianeira” (LG 62). A vida de Nossa Senhora adornada de singulares graças e funções está intimamente unida a Cristo e ligada à Igreja como o tipo e figura na ordem da fé, da caridade, da esperança e da perfeita união com Cristo. Por isso, a missão de Maria anunciada pelos profetas no Antigo Testamento como a Mãe do Messias prometido, narrada nos Evangelhos como a Mulher do “Sim, da Visitação, do Magnificat”, a verdadeira discípula, que faz a vontade de Deus e que no Calvário de pé, nos é dada por Mãe pela grandeza do seu “Stabat” junto à Cruz de seu Filho.

Ela torna-se aí a Mãe das Dores e a Senhora da Piedade, a Corredentora de todo o género humano. São Lucas descreve Maria nos Atos dos Apóstolos como a Mulher “da oração, que no Cenáculo anima os discípulos no início da Igreja nascente” elogiado como a “Mulher da plenitude dos tempos” por São Paulo na Carta aos Gálatas.

O livro do Apocalipse apresenta “Maria revestida de Sol como a Mulher que está para ser mãe, perseguida pelo dragão, com a Lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”. Maria de Nazaré, a Mãe de Jesus, a Nova Eva continua na glória do Céu a cuidar carinhosamente pelos irmãos do seu filho, que ainda peregrinam na terra.

O Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Igreja, afirma a beleza de Maria com a seguinte expressão: “a Mãe de Jesus glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há de consumar no século futuro, assim também na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor” (LG 68). Neste mês de agosto dedicado a Nossa Senhora rezemos pelos emigrantes, migrantes, refugiados, reclusos, doentes, pelos que se encontram de férias e pela santificação das famílias.

Aproveitemos este ano dedicado à Oração, este mês de férias, de lazer e de tantos encontros entre famílias e amigos, tempo de festas e de convívios para rezarmos uns pelos outros e pedirmos a Nossa Senhora o dom da paz para o mundo e para a Igreja. Louvemos Maria e cantemos as suas glórias na Assunção e Coroação, Ela que no Céu não se esquece da Sua Missão de Mãe, Mestra, Educadora e Rainha do Céu e da Terra. Peçamos a Maria, que nos ajude a fazer com alegria o caminho sinodal da Igreja na “comunhão, na participação e na missão”.

+António Luciano, Bispo de Viseu

CategoryBispo, Diocese, Igreja

© 2016 Diocese de Viseu. Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento: scpdpi.com

Siga-nos: