Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Nestes dias em que damos a conhecer ao povo de Deus, as nomeações dos novos párocos e colaboradores na missão da Igreja, agradeço a todos os sacerdotes a sua disponibilidade para o serviço de Deus e da Igreja nas mais diversas comunidades e serviços. As mudanças na Igreja devem ter sempre como horizonte a maior glória de Deus, o maior bem dos fiéis, das comunidades eclesiais e dos seus pastores.

As mudanças na Igreja devem ser vistas como um dom e um maior bem para todos. Nem sempre é possível fazer as que são precisas, porque são muitos os fatores a contribuir para a mudança de padres, ou de consagrados e leigos responsáveis pelos serviços na Igreja. Devem ser vistas numa linha de fé, num caminho sinodal juntos, num serviço de caridade e justiça para a renovação da Igreja e das suas comunidades.

A mudança de sacerdotes acontece tendo em conta o maior bem da Igreja, às vezes a pedido dos próprios, porque desejam mudar, às vezes para fazer nova experiência pastoral, cuidar da saúde, estudar ou beneficiar de um tempo de atualização teológica e pastoral. Todas as mudanças na Igreja devem ter como origem realizar a vontade de Deus na fé, na esperança, no amor, no diálogo, e na escuta proporcionando o maior bem das comunidades, dos sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos.

A Igreja é uma Instituição fundada por Jesus Cristo, que tem como missão anunciar o Evangelho e levar a salvação a todas as criaturas. A Igreja é uma comunidade de chamados que todos os batizados devem servir na obediência às palavras de Jesus.

A vocação é sempre um dom de Deus, que vive no serviço e na missão a que pastores e leigos somos chamados, para que o reino de Deus cresça no meio do mundo.

Nesta hora de mudança, de conversão, de renovação pastoral em caminho sinodal juntos, peço a todos os cristãos e pessoas de boa vontade para que acolham com humanismo, espírito cristão os novos sacerdotes responsáveis pelos arciprestados, pelas paróquias e outros serviços pastorais com amabilidade, proximidade e desejo de colaborar na renovação da Igreja.

Saibamos agradecer o bem realizado nas paróquias e serviços com sacrifício, disponibilidade e despojamento por todos aqueles, que durante anos foram pastores abnegados, justos,  amigos e próximos do povo de Deus.

Vivemos numa mudança de época, um tempo novo para reacender o fogo do Espírito Santo, que o Filho do Homem veio trazer à terra. Como disse recentemente o Papa Francisco, citando o padre e teólogo Yves Congar: “Não se trata de criar uma outra Igreja, mas de dar vida a uma Igreja diferente”.

Uma Igreja em caminho Sinodal, todos juntos, desafia a vida e rotinas de todos os batizados, paróquias e serviços da Diocese de Viseu para testemunhar a comunhão entre os  pastores, os consagrados, os diáconos e os leigos no caminho de renovação da Igreja e de toda a vida pastoral em dinamismo missionário. É preciso criar em cada Arciprestado, paróquias, conjunto de paróquias (Unidades Pastorais), grupos de comunidades organizadas a partir da sede de concelhos (antigos Arciprestados), os atuais Arciprestados um dinamismo sinodal e pastoral inovador, envolvendo os párocos, outros sacerdotes, diáconos, religiosos(as), consagrados(as) e leigos, que constituam Equipas de Pastoral para trabalhar em conjunto. Este trabalho é urgente e peço para todos rezarmos para que esta experiência pastoral se torne uma realidade mais visível.

Devemos criar uma cultura de mudança, renovação, escuta, diálogo, evangelização, catequese, liturgia, ministérios, vocações, pastoral juvenil, do ensino superior, pastoral social na sua abrangência, os bens culturais, a comunicação social, os migrantes, os reclusos, os doentes, os deslocados, a comunicação na pastoral e o empenhamento sinodal na “comunhão, participação e missão”. Rezemos pelos bons frutos da próxima Sessão do Sínodo dos Bispos a iniciar em Roma no dia 2 de outubro de 2024.

Apelo a uma grande comunhão na missão com todos os que tem responsabilidades na Diocese. Chamados na alegria a viver o Jubileu da Esperança (2025) aprendamos todos a amar e servir o povo de Deus que nos está confiado a exemplo da Virgem Maria, de São José, de São Teotónio e da Beata Rita Amada de Jesus.

Convido o povo de Deus a rezar pelos nossos sacerdotes, pelos novos Arciprestes, pelos sacerdotes agora nomeados e diáconos a nomear. Rezemos por aqueles que são dispensados do serviço das paróquias pelas mais diversas razões. Agradeço toda a colaboração e espírito missionário.

Agradeço a disponibilidade e o testemunho de todos para aceitar os novos desafios pastorais, e deixar os serviços atuais. A todos aqueles que deixam as paróquias, agora dispensados, por motivo de idade, de doença, de estudos ou outros, que Deus os recompense segundo a medida do Evangelho.

Convido todos os fiéis a rezar pela paz, pelo medo dos sismos, santificação das famílias, pelos jovens e aumento das vocações sacerdotais, missionárias, religiosas, contemplativas, seculares e laicais para servir a nossa querida Diocese de Viseu.

† António Luciano dos Santos Costa, Bispo de Viseu

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