Três palavras ricas de significado no contexto de uma vida doada e entregue a Deus e ao serviço dos outros na Missão da Igreja. Em todas as civilizações do mundo, de ontem, de hoje e de amanhã estas palavras continuaram a sua missão de bem fazer ao irmão e à própria natureza.
Depois do flagelo dos terríveis incêndios que devastaram grande parte dos terrenos da nossa Diocese, da região Centro e Norte do país que provocaram a morte a nove pessoas, com um número significativo de pessoas que perderam a casa e os haveres é nossa missão acolher os irmãos necessitados, com amabilidade, socorrer os que sofrem a perda de familiares e bens e sermos gratos para todos aqueles que junto das populações salvaram o possível do muito que foi destruído.
Com a chuva que começou a cair, com a oração de intercessão feita pelos cristãos e com a solidariedade e fraternidade de todos, com o apoio das medidas governamentais, serviços municipais, instituições públicas, sociais, voluntários, bombeiros, proteção civil, GNR e outros membros das comunidades cristãs. Ajudemos as pessoas necessitadas a construir um futuro melhor, cheio de esperança, capaz de fazer renascer das cinzas projetos novos com o compromisso de transformar as florestas e casas destruídas em oásis de esperança, de paz e de amor.
A vida e a história das pessoas fazem-se com vivências, acontecimentos, factos, lugares, memórias, testemunhos e tradições que ajudam a construir o presente e o futuro da humanidade.
Na tradição da vida dos povos, da sociedade e das famílias a Igreja realiza a sua missão e escreve a sua história através de projetos e eventos, que as pessoas valorizam ao viver a fé e dar testemunho dos verbos: acolher, amar e agradecer.
O caminho sinodal que a Igreja está a fazer, convidando todos os fiéis, para uma experiência de conversão e renovação pastoral insiste muito nesta experiência de acolher, escutar, aproximar, rezar, refletir, discernir e escolher o melhor caminho guiados pelo Espírito Santo.
São verbos para serem vividos por todas as pessoas, em todas as latitudes, ambientes culturais, espaços cívicos e eclesiais com o empenho de caminhar juntos no mesmo processo sinodal. Na tarde de domingo passado o encontro diocesano de catequese foi disso um sinal e um testemunho.
A Diocese de Viseu, em caminho sinodal, celebrou no dia 24 de setembro a memória Litúrgica da Beata Rita Amada de Jesus, religiosa e Fundadora do Instituto de Jesus Maria José em 1880, fazendo memória dos 144 anos da sua fundação. Como cristãos da Diocese de Viseu temos a responsabilidade de acolher e viver o seu carisma na missão e de a dar a conhecer a todos, vivendo o “Evangelho da Conversão nas suas vidas.
Rezemos a Deus pedindo por sua intercessão a graça da sua canonização e apresentando-a ao mundo como evangelizadora e apostola das famílias, da Eucaristia e do Rosário.
Vamos iniciar no próximo dia 1 de outubro o mês dedicado às missões, com grande importância na Diocese para os fiéis e as suas comunidades. Rezemos a Nossa Senhora do Rosário pelas missões, missionários e pelo aumento das vocações sacerdotais, religiosas e missionárias na Igreja.
No Domingo, 20 de outubro, Dia Mundial das Missões, vamos ter, na Sé, às 16 horas, a ordenação de dois Diáconos rumo ao sacerdócio, o Alexandre e o Eduardo. Rezemos por eles, pelas suas famílias e comunidades, pois durante a próxima semana realizarão o seu retiro de preparação para a ordenação diaconal no Seminário de Viseu.
Convido todos os fiéis, clérigos, consagrados e leigos da Diocese de Viseu, guiados pelo Espírito Santo e pelas mãos de Nossa Senhora Rainha das Missões, a rezar pelos bons frutos da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos a realizar em Roma de 2 a 27 de outubro.
Os participantes de Portugal serão dois Cardeais, dois Bispos e dois leigos. Vivamos este mês como verdadeiros discípulos missionários em oração, “comunhão, participação e missão”.
+António Luciano, Bispo de Viseu