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Quando o Natal acontece surge a alegria e a paz. Num tempo de indiferença, o sentido do verdadeiro Natal continua vivo todo o ano no presépio.

Despertemos da sonolência e entorpecimento da vida e deixemo-nos iluminar pela luz, que brilhou na noite santíssima de Belém, deixemos que a estrela nos conduza ao presépio e apressemo-nos como os pastores a adorar o Verbo Encarnado, que habita no meio de nós.

O encontro com Jesus no presépio é o significado mais profundo do verdadeiro Natal. Contemplar no presépio o “Príncipe da Paz”, é aprender a viver a vida com esperança num horizonte novo, marcado por uma espiritualidade encarnada na vida de “comunhão, participação e missão”. Prestemos atenção à mensagem do Papa Francisco para a celebração do Dia Mundial da Paz, a 1 de janeiro.

O Papa Francisco convida-nos a renovar o coração para termos gestos concretos de paz. “A verdadeira paz só pode vir de um coração desarmado da ansiedade e do medo do guerra”.

Rezemos por esta intenção e tornemo-nos construtores da paz em todas as estruturas e circunstâncias.

Nesta quadra natalícia, deixemo-nos tocar, iluminar por sentimentos de ternura e de bondade, por gestos de acolhimento, de amabilidade, de fraternidade, de solidariedade e de paz que brotam do encontro com Jesus e com os homens.

Contemplar o presépio é o grande sinal de esperança, para construir um mundo mais humano, justo e fraterno. Diante de um cenário global envolvido em guerras, violências, fome, marginalização e pobreza, em tantas partes do mundo, é preciso fazer renascer a esperança e construir a paz, a alegria, o desenvolvimento, o progresso e a solidariedade. É preciso abrir o coração à sabedoria da esperança anunciada pelos profetas e ajudar o outro a encontrar Jesus e a encontrar-se a si próprio.

A revelação do mistério do Natal de Jesus aconteceu numa noite fria, iluminada pelas estrelas, nos arredores de Belém, num lugar sem teto e de portas abertas, como deve ser a Igreja, um apelo feito tantas vezes pelo Papa Francisco.

Na contemplação do presépio encontramos todos a vida em abundância anunciada por Jesus para servir os irmãos com as palavras e os gestos de Maria e José. É preciso voltar de novo ao presépio na oração, na contemplação e na missão para acompanhar todos os que andam à procura de Jesus, de modo a devolver ao mundo de hoje o verdadeiro sentido do Natal.

A sociedade continua a esperar, com paciência, a vinda do Salvador, embora viva distraída na indiferença, mergulhada no individualismo e na solidão onde o ateísmo e o agnosticismo caracterizam a vida de muitas pessoas.

A materialização do Natal, através de toda a sua envolvência, desafia as pessoas a darem um sentido novo e humanizante aos verdadeiros valores que nos devem reger o ano todo. A fé e a esperança são o melhor presente de Natal que Jesus nos dá todos os dias.

As respostas cristãs do Natal brotam da sabedoria do coração e assentam nos valores da fraternidade e solidariedade com todos e para todos, principalmente os pobres e os doentes. Tantos grupos organizados e tantas experiências de voluntários, de empresas e movimentos, que nesta quadra natalícia se organizaram e fizeram da solidariedade uma festa.

Como me dizia uma criança, num destes encontros festivos de Natal, as prendas são nos dadas por Jesus em forma de amor e carinho pelos pais, mas como são tantas para distribuir, Jesus pediu ao Pai Natal para fazer esse serviço de entrega, sem esquecer ninguém.

Pensemos em todos os profissionais que estiveram de serviço neste Natal como médicos, enfermeiros, bombeiros, forças de segurança, proteção civil e outros que asseguraram os serviços públicos e que estarão também na passagem do ano.

Rezemos ao Menino Jesus, à Virgem Maria e a São José pela santificação das famílias, pela Igreja, pela paz no mundo, por todos os cuidadores.

Que continuemos a fazer uma verdadeira catequese uns aos outros explicando às crianças, adolescentes, jovens e adultos o verdadeiro sentido do Natal.

Com o espírito continuado de santas festas, na autenticidade e na simplicidade do presépio, desejo a todos um próspero e feliz Ano Novo de 2025. Convido-vos com Jesus, Maria e José a darmos início ao Ano Santo Jubilar como “peregrinos de esperança”, na festa da Sagrada Família.

+António Luciano,

Bispo de Viseu

CategoryBispo, Diocese, Igreja

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