O Bispo de Viseu, D. António Luciano, presidiu à Eucaristia de sufrágio pelas vítimas do acidente ferroviário de Alcafache, que ocorreu a 11 de setembro de 1985, na Linha da Beira Alta, junto ao apeadeiro de Moimenta‑Alcafache, freguesia de Moimenta de Maceira Dão, concelho de Mangualde.
Na celebração dos 40 anos que perpetuou a memória deste trágico acidente, o Bispo dirigiu palavras de conforto aos sobreviventes, familiares das vítimas e a todos os presentes. Referindo-se a este dia como “uma homenagem merecida”, D. António Luciano disse que todos podemos encontrar “um bálsamo na fé e esperança na vida eterna, comunhão de paz e de luz, com todos os que faleceram”.
Dirigindo-se à assembleia presente, D. António Luciano pediu para “rezarem pelo sufrágio das suas almas, pedindo ao Senhor que lhes conceda o eterno descanso e paz”.
Ao recordar aos falecidos, a maioria emigrantes, o Prelado pediu “a intercessão de Nossa Senhora da Esperança, a Mãe dos Emigrantes, para que conceda alento aos familiares e o dom da saúde e da paz para cuidarmos uns dos outros neste vale de lágrimas”.
Terminada a Eucaristia, o Bispo benzeu um nicho com a imagem de Nossa Senhora dos Emigrantes, construído em homenagem às vítimas, no local onde ocorreu o acidente.
No mesmo local foi colocado um bogie, produzido nas oficinas do Entroncamento, oferecido pela CP como símbolo de representação da vida nos carris e de preservação da memória da ferrovia.
A cerimónia em memória das vítimas do maior acidente ferroviário de sempre em Portugal realizou-se no dia 14 de setembro e contou com a presença de inúmeras personalidades, entre as quais o General Ramalho Eanes, Presidente da República em 1985, a Secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, o Presidente da CP, Pedro Moreira, o Administrador da CP, João Claro, autarcas da região e representantes de corporações de bombeiros.