Um grupo composto por cerca de 25 pessoas, entre eles o Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, o Vigário da Pastoral, Padre João Zuzarte, o Padre Xavier Dias, o diácono Alexandre Ribeiro e vários leigos, representantes dos vários serviços diocesanos e arciprestados, participaram no encontro sinodal nacional promovido pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que teve lugar em Fátima, no passado sábado, dia 11 de janeiro.
Este encontro, que reuniu a nível nacional cerca de 300 participantes, analisou as propostas saídas do sínodo dos bispos, iniciado em 2021, tendo-se defendido a necessidade de “ativar e fortalecer os órgãos de consulta” da Igreja Católica, alargando a participação e responsabilidade dos católicos. “Foi um encontro importante, onde estiveram os representantes dos conselhos pastorais das dioceses de Portugal, com uma metodologia de trabalho sinodal, em grupos de oito, tendo incidido de um modo particular sobre questões de sinodalidade”, destacou o Bispo de Viseu.
Divididos por grupos, em método sinodal de conversação do Espírito, refletiram sobre como concretizar a sinodalidade na vida das comunidades.
Os presentes apresentaram as conclusões dos encontros que mantiveram ao longo do dia, incluindo a proposta de criar “conselhos pastorais em todas as paróquias e/ou unidades pastorais” das dioceses portuguesas.
No segundo momento de debate entre os participantes, os vários grupos deixaram sugestões de implementação das propostas do Sínodo 2021-2024, que visam alargar os espaços de escuta e participação.
De acordo com a Agência Ecclesia, “os participantes assumiram o desejo de que se dinamizem os conselhos pastorais, aos vários níveis, procurando potenciar as estruturas de sinodalidade existentes, com maior representatividade dos vários membros da comunidade”.
O número 107 do Documento Final da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, aprovado pelo Papa, recorda as “experiências de reforma e boas práticas já existentes, como a criação de redes de conselhos pastorais ao nível de comunidades de base, paróquias e zonas, até ao conselho pastoral diocesano”.
A valorização do método sinodal, em particular a “conversação no Espírito” nos vários níveis da vida da Igreja, foi outra questão referida em várias intervenções.
Os grupos apontaram as áreas do acompanhamento e acolhimento como prioridades para as comunidades católicas, pedindo ainda mudanças nos “modelos de formação”, em particular nos seminários.
Citando a mesma fonte, este encontro sinodal destacou a necessidade de criar hábitos sistemáticos de avaliação nas comunidades, com a ajuda de grupos de trabalho, para superar a “pastoral de manutenção”. A valorização das famílias e a criação de “novas formas de agir” foram ouras das medidas sugeridas para a concretização da sinodalidade.
De acordo com a organização, “a iniciativa teve como objetivo refletir sobre o documento final do Papa Francisco e da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade e a sua aplicação prática nas comunidades”.