Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

A Igreja renova-se a partir da missão. Foi com base neste pressuposto que o Papa Francisco, na exortação Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho) de 2013, estabeleceu o seu programa e o seu sonho de colocar tudo em chave missionária: pessoas e estruturas, catequese e liturgia, pregação da Palavra e linguagem, estilos e costumes, atitudes de base e vida espiritual. Ou seja, passar de um tipo de pastoral de simples conservação e manutenção (enfadonho e anacrónico) para uma pastoral decididamente missionária.

Em linha de continuidade deste propósito, o Papa Leão XIV, na sua primeira bênção Urbi et Orbi, em Roma, reiterou: “devemos procurar juntos o modo de ser uma igreja missionária, uma igreja que constrói pontes, que constrói o diálogo, sempre aberta para acolher a todos”.

No quadro da proposta de evangelização missionária feita pelos Sumos Pontífices à Igreja Católica, situa-se a expressão preliminar fundamental que convida todos os fiéis à missão: «a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus» (Evangelii Gaudium 1). É uma evangelização marcada pela a alegria, pela coragem, pela criatividade do Evangelho que impulsiona a sair do “adro da igreja”, da zona de conforto e fazer-se a novas periferias num espírito de acolhimento, proximidade, amor e testemunho. Esta proposta fica, substancialmente, enriquecida ao encontrar na família o seu principal sujeito e protagonista: «a alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja», e nessa proporção, «a Igreja é um bem para a família, e a família é um bem para a Igreja» (Amoris Laetitia 87).

É facto consumado que em cada tempo a Igreja tem necessidade de se renovar na fidelidade a Jesus Cristo. A situação atual mostra como vivemos um novo tempo que procura respostas novas. Hoje, a Igreja tem necessidade de fazer um enorme esforço para apresentar a fé cristã de modo atrativo e significativo. Num mundo com uma mentalidade secularizada, desligada de Deus, comandada pela ditadura da imagem, onde a fé já não é um pressuposto obvio para a realização humana, paradoxalmente, abrem-se caminhos repletos de oportunidades para a reflexão da ação pastoral na perspetiva da nova evangelização.

Por isso, torna-se decisivo e urgente dar passos renovadores, concretos e concertados numa pastoral que se quer integral e sinodal de modo a alcançarmos um estilo de paróquia/comunidade capaz de ser fermento de novidade e facilitadora de conversão no lugar onde está implantada.

Inequivocamente, não é possível deixar as coisas como estão. Atualmente as circunstâncias obrigam a olhar mais longe. Surge, por isso, a questão central de sempre: O que deve fazer a Igreja Aqui e Agora?

Na resposta a esta questão, cada cristão é convidado a dar o seu contributo neste caminho de transformação eclesial e social. É chamado por Jesus Cristo a ser presença discipular e testemunhal que suscite interesse e desperte na comunidade cristã o desejo de pertencer e participar ativamente.

Pe. João Zuzarte

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