Ontem, dia 5 de agosto, data da Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, o Bispo de Viseu, D. António Luciano, celebrou esta efeméride, da parte da manhã, presidindo à Eucaristia da festa em honra de Nossa Senhora da Esperança, no seu Santuário, na paróquia de Mouraz, concelho de Tondela, e à noite, na festa da padroeira de Ribafeita, a Nossa Senhora das Neves, no concelho de Viseu.
Nas duas celebrações, o Bispo recordou que a invocação de Nossa Senhora está intimamente ligada ao Monte Esquilino, em Roma, onde se ergueu a Basílica de Santa Maria Maior, no ano de 432. Segundo a tradição, foi naquele local que, na noite de 4 para 5 de agosto, caiu um nevão milagroso, sinal dado pela própria Virgem Maria para indicar onde deveria ser construída uma Igreja em sua honra, sendo por isso apelidada de “Nossa Senhora das Neves”.
D. António Luciano explicou que foi este prodígio que inspirou a construção daquela que viria a ser a primeira grande Basílica do Ocidente dedicada e consagrada a Maria, Mãe de Deus. Esse sinal inspirou o Papa a construir, ali mesmo, um templo em sua honra. A sua origem remonta ao século IV, durante o pontificado do Papa Libério (352–366), razão pela qual também é conhecida como Basílica Liberiana.
Nas homilias, o Bispo falou também do Concílio de Éfeso (no ano de 431) que proclamou Maria como Mãe de Deus, enaltecendo “o sim, o sonho, a presença e a disponibilidade de Maria” que devem ser inspiração para todos. “Nossa Senhora das Neves, Nossa Senhora da Esperança, Mãe de Jesus, Mãe da nossa confiança, Mãe da Igreja e Estrela da Manhã que anuncia o novo dia, Jesus Cristo. É a Estrela do Mar que nos guia e ilumina no meio das tempestades da nossa vida e do nosso mundo, envolvido em guerras, ódios e injustiças. É Aquela que nos ensina o modo de respirar Deus na nossa vida, de forma sadia, na relação com Ele, connosco, com os outros e com a natureza”, sublinhou.
Recordando o Jubileu da Esperança, que a Igreja Católica está a celebrar e que levou milhares de jovens a Roma, ao longo da última semana, D. António Luciano frisou que “este surge num momento da história da Igreja marcado por um forte alheamento dos batizados em relação à fé cristã e à vida da Igreja” e que o “grande desafio consiste em fortalecer a fé nas famílias e nas comunidades”.