Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

A missão e a oração devem andar de mãos dadas na construção da Igreja. A oração é o motor da missão, que tem como agente principal o Espírito Santo, que santifica os batizados, para formarem o Povo santo de Deus. A missão da Igreja, sem oração, não cumpre o seu mandato missionário, torna-se uma instituição sem alma, mesmo recheada de gestos de nobreza e de voluntariado. A missão na Igreja realiza-se também através de serviço de voluntariado missionário, hoje com muitos rostos e expressões.

Os sacerdotes, os diáconos, os consagrados e os leigos são chamados a viver a sua vocação como missionários numa Igreja desafiada a caminhar na Esperança Pascal.

À luz da Páscoa e da mensagem do Ressuscitado, todos os batizados pela grandeza da sua vocação devem anunciar o Reino de Deus, escutar a sua Palavra, rezar com fervor e despertar nos fiéis a sua vocação para a missão evangelizadora, catequética e celebrativa.

Não existe missão verdadeira na Igreja, se não for alimentada por uma experiência concreta da escuta da Palavra, da oração pessoal e comunitária, da vivência da caridade e do testemunho do serviço na missão.

“A Igreja peregrina é, por sua natureza missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na “missão do Filho e do Espírito Santo” (AG nº 2).

A oração é a verdadeira alma da missão da Igreja, quer inserida nas comunidades que formam uma Diocese, quer na experiência da Igreja missionária “Ad Gentes”.

A atividade missionária é uma epifania dos desígnios de Deus a favor da humanidade, através da pregação, da celebração da fé e do testemunho concreto da caridade.

Jesus Cristo foi enviado ao mundo como o Missionário do Pai, nascendo de Maria, sua Mãe, a Mestra e a Educadora da fé, a primeira discípula missionária de Cristo, também chamada de Catecismo Vivo da Igreja.

Todos os membros da Igreja, pastores, consagrados e leigos, são chamados a viver um estilo de vida próprio e como discípulos missionários devem identificar-se com as exigências do Reino e assumir a missão da Igreja de ensinar, santificar e governar.

A missão de todos os batizados e, de um modo especial, dos fiéis leigos deve contribuir para o crescimento e desenvolvimento da própria Igreja.

O Concílio Vaticano II, no Decreto sobre “A Atividade Missionária da Igreja” (AG), afirmava: “Hoje em dia, em razão da escassez de clero para evangelizar tão grandes multidões e exercer o ministério pastoral, o ofício dos catequistas têm muitíssima importância”.

A missão da Igreja é universal e está presente em todas as latitudes e realidades onde se encontra a pessoa humana. “A razão desta atividade missionária vem da vontade de Deus, que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (AG nº 7).

Passados 60 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, com o contributo dos documentos posteriores, os ministérios laicais estão a ser motivo de profundo estudo e reflexão nas igrejas locais neste momento, como refere o Documento Final do Sínodo dos Bispos (2021-2024) sobre a Sinodalidade (Cf nºs 75 e 76). “Caminhar juntos nos diferentes lugares como discípulos de Jesus, na diversidade de carismas e ministérios, bem como no intercâmbio de dons entre as Igrejas, é sinal eficaz da presença do amor e da misericórdia de Deus em Cristo, que acompanha, sustenta e orienta no sopro do Espírito Santo, o caminho da humanidade em direção ao Reino” (DF nº 120).

Outubro, mês Missionário, é enriquecido com a oração do Rosário, uma coroa de rosas oferecida a Nossa Senhora. Tem, ainda, um sentido profundo de vivência espiritual, de oração pessoal e comunitária.

A evangelização realizada através do primeiro anúncio do Evangelho, às pessoas e ao mundo, torna-se hoje um desafio para a Igreja implantada numa diocese, para os seus evangelizadores e destinatários.

É preciso conhecer o meio e as pessoas a evangelizar e fazê-las tomar consciência do caminho a percorrer, das etapas, processos e metas a alcançar.

Uma maior consciência da vocação batismal e eclesial é valorizar a vida da Igreja como discípulos missionários.

Proponho-vos um caminho missionário, sinodal e pastoral de renovação espiritual da Igreja Diocesana de Viseu, com a peregrinação ao Santuário de Fátima, onde vai ser apresentado o nosso Plano Pastoral “És ChAmado por Jesus, Sê Protagonista da Mudança”.

Confio a Maria, Rainha das Missões e do Santíssimo Rosário, a São José, a São Teotónio, a São Francisco de Assis, a São Carlo Acutis, a São Pedro Frassati e à Beata Rita Amada de Jesus, a alegria de sermos perseverantes na oração do Rosário e que construamos um trabalho missionário intenso, que mostre ao mundo de hoje a “Alegria do Evangelho”.

+ António Luciano, Bispo de Viseu

CategoryBispo, Diocese, Igreja

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