Dados Estatísticos

1. Nota histórica

Viseu, cujo padroeiro é S. Teotónio (1082-1162), é uma das dioceses mais antigas do País, a remontar pelo menos ao Concílio de Braga de 572, data da primeira alusão documental a um Bispo desta Diocese, Remisol Episcopus Visensis, que assim assina a acta respectiva. É permitido supor que o bispado já existia quando do primeiro Concílio em 561. A Diocese dilatava-se então em larga área até próximo de Cidade Rodrigo, incluindo, entre o Águeda e o Côa, a notável paróquia de Calióbrica ou Calióbria. Depois das vicissitudes da ocupação muçulmana e da reconquista cristã. D. Afonso Henriques deu-lhe, em 1147, Bispo próprio na pessoa de D. Odório, o último dos priores que, em nome do Bispo de Coimbra, a governaram desde 1101.

2. Evolução sócio-política-económica e cultural

A Diocese de Viseu fica situada no centro de Portugal e é sufragânea da Metrópole de Braga. Está localizada em grande parte no distrito de Viseu, abrangendo algumas paróquias dos distritos da Guarda e de Aveiro.
O distrito de Viseu, com cerca de 5000 Km 2, com 24 concelhos e uma população de 420 000 habitantes, inclui também a diocese de Lamego. A diocese de Viseu tem 267581 habitantes e 3400 Km2.
Entre 1991 e 2001 , assistiu-se ao envelhecimento da população, bem como ao aumento significativo do índice de longevidade. Em 2001, o número de residentes com mais de 65 anos é superior ao dos menos de 15 anos, o que não acontecia em 1991. Com 19, 4% de idosos, o distrito situa-se acima da média nacional que é de 16,4% de idosos.
A actividade agrícola, está em retrocesso acelerado, com excepção para a vinha, pois nos últimos anos tem havido investimento na produção e comercialização do vinho do Dão. Não faltam os rebanhos que produzem o famoso queijo da Serra; também este sector em transformação por causa das imposições da União Europeia.
Em 2001, existiam no distrito 5,8 de desempregados por cada 100 activos (mulheres 8% e homens cerca de 4%). Cerca de 55% da população residente empregada trabalhava no sector dos serviços, 38% no sector secundário (indústria e construção) e 7% no sector agrícola. Assiste-se a um terciarização da economia regional, a par de uma perda de importância do sector agrícola, o que acompanha a tendência nacional.
Dois períodos distintos marcaram o crescimento da região de Viseu: na década de 70 com o crescimento do mercado local resultante do aumento da população e dos rendimentos disponíveis. Para esta situação contribuiu o regresso dos nacionais das ex-colónias e o abrandamento da emigração a que se juntou o crescimento dos salários após o 25 de Abril de 1974 e as remessas acumuladas dos emigrantes.
O segundo período verificou-se na década de 80, com o aumento da urbanização e dos capitais vindos da adesão à Comunidade Europeia e do incentivo ao investimento.
Muito influenciaram o desenvolvimento as novas vias de comunicação que se cruzam actualmente em Viseu: A25 (principal via de saída para Espanha) e A 24, bem como o caminho de ferro que marca sobretudo os concelhos limítrofes da Linha da Beira Alta. Tem havido crescimento da indústria, afluxo de turismo, com destaque para o termal.
Em termos políticos há que considerar a mudança após a revolução do 25 de Abril, com o reforço do poder local das autarquias e um desenvolvimento mais harmónico.
Há 25 anos, chegou o ensino superior com a abertura da Universidade Católica Portuguesa. Para além desta Universidade surgiu, entretanto, o Instituto Politécnico e o Instituto Piaget e Instituto de Ciências Educativas de Mangualde, que hoje oferecem cursos diversificados.
No que se refere a qualificações académicas verifica-se que em 2001, no distrito de Viseu, 29% da população completou apenas o 1ºCiclo do ensino básico, 14% o 2ª Ciclo e 13% o 3º Ciclo. Somente 15% da população possuía qualificação acima da escolaridade obrigatória e 29% da população não sabia ler nem escrever. Ao longo da década anterior todos estes índices melhoraram acima da média nacional, mas o atraso era grande. Nota-se, ainda, um grau crescente de feminização dos que completam o ensino superior.

População residente

1960	1970	1981	1991	2001	2011
300619	258875	275463	264153	267581	266571

Fonte: INE

Se compararmos a população residente na actualidade com a década de 60 verificamos um decréscimo de cerca de 11.5%.

3. Algumas notas sócio-religiosas

Quanto à prática dominical (abrange só a população com sete ou mais anos de idade) verificamos o seguinte:

	1977			1991			2001
Pop.Res.	Prat.	%	Pop.Res.	Prat.	%	Pop.Res.	Prat.	%
237453	95066	40,02	226385	88626	39,14	238147	77248	32,4

Fonte: CESP

Nota-se uma diminuição da prática dominical, facto que se verifica desde a década de 50, embora a diocese continue acima da média nacional que era de 23 % em 2001. Refira-se ainda que há uma presença mais acentuada de mulheres na missa dominical (ronda os 60 %) e mantém-se a tendência para o envelhecimento das assembleias dominicais. Tem aumentado a percentagem daqueles que vão à comunhão.
O número de sacerdotes incardinados (média etária é de 65 anos) tem diminuído:

Fonte: Secretaria Episcopal

4. Estruturas de Comunhão

Foram renovados no ano passado: Conselho Económico Diocesano, Conselho Pastoral Diocesano e o Conselho Presbiteral.
Das 209 paróquias 207 têm a funcionar o Conselho Económico e 135 também o Conselho Pastoral.

5. Liturgia

É o sector que envolve mais pessoas e também onde se verificou um crescimento muito significativo, de 5697 (pessoas que exercem os diversos serviços e ministérios) em 1992 para 9319 em 2004.

6. Catequese e EMRC

Todas as paróquias têm catequese infantil organizada (mesmo se algumas praticamente já não têm crianças). Dos 24810 participantes em formação cristã regular, 13 920 estão catequese infantil. Nota-se um grande aumento de 1992 para 2004 na catequese de adolescentes (5752 para 6974). Há também um grande aumento nos últimos anos na formação cristã de jovens e adultos. O mesmo se passa com os catequistas e animadores.
Na Escola (pública e privada): 2º Ciclo 91% dos alunos têm Educação Moral e Relgiosa Católica, 3º Ciclo – 80 %, Secundário – 17%. Somando todos os graus de ensino, verifica-se que 64% frequentam a EMRC.
Arrancou em Janeiro de 2006 a Escola Diocesana de Educação Cristã (EDEC). Com 195 alunos procura oferecer formação cristã básica e ser escola de ministérios. A funcionar a nível diocesano, poderá estender-se, no próximo ano, às paróquias e arciprestados.

7. Pastoral Social

Trata-se de um sector que tem crescido em grupos, instituições e pessoas empenhadas, tendo sido criado pelo Bispo da Diocese, no ano passado, o Secretariado Diocesano da Pastoral Social (Em 2004 havia 269 grupos e 1634 pessoas empenhadas.

8. Comparação de empenhados por sectores:

Fonte: Secretaria Episcopal

9. Alguns dados estatísticos da Diocese de Viseu (2015)

1.Dados Gerais

• Superfície (Km2) – 3400
• População – 260 356
• Católicos (baptizados) – 239 375
• Arciprestados (2016) – 6
• Paróquias (2016) – 208
• Com pároco do clero diocesano – 205
• Com pároco do clero religioso – 3

2. Clero, Religiosos/as.

• Sacerdotes diocesanos – 123
• Em serviço na diocese – 118
• Em serviço noutra diocese – 5
• Sacerdotes religiosos – 14
• Diáconos permanentes – 10
• Religiosos professos não sacerdotes – 10
• Religiosas professas – 132

3. Centros de Formação e Instrução

Para candidatos ao sacerdócio:

• do clero diocesano – 1

Centros de instrução e educação:

• Escolas primárias – 2
• Escolas secundárias – 1
• Faculdades da UCP – 1

4. Centros de assistência social

• Casas de idosos, doentes e deficientes – 89
• Orfanatos – 4
• Creches e outros centros de tutela da infância – 21
• Consultórios familiars – 1
• Centros especiais – 2
• Centros Sociais canonicamente erectos – 67
• Confrarias e irmandades – 183
• Misericórdias – 15

5. Vida sacramental

• Baptismos de 2015 – 1742
• 1ª Comunhões em 2015 – 1487
• Confirmações em 2015 – 1515
• Matrimónios canónicos em 2015 – 454

6. Editorial e Comunicações Sociais

• Livrarias e distribuidoras – 1
• Jornais: Semanários – 1
• Quinzenários – 1
• Mensários – 9
• Outra periodicidade – 12
• Boletins paroquiais e interparoquiais – 13
• Rádios – 3