Catedral acolhe Missa pelas vítimas do atentado. O bispo de Nice condenou ontem o atentado que esta quinta-feira à noite fez pelo menos 84 mortos na cidade do sudeste francês e defendeu em comunicado que “nada pode legitimar a loucura homicida, a barbárie”.
D. André Marceau preside esta tarde a uma Missa pelas vítimas e seus familiares, na Catedral de Santa Reparata de Nice. Em comunicado, o prelado diz que a cidade foi atingida pela “violência cega” e o “ódio”, trazendo a morte. “Vítimas inocentes foram tocadas, famílias e amigos das vítimas estão em choque, bem como todas as pessoas presentes no local dos acontecimentos”, escreve o bispo católico. O atentado em Nice fez pelo menos 84 mortos e mais de 100 feridos; o presidente francês François Hollande anunciou que cerca de cinquenta pessoas estão “entre a vida e a morte na sequência do atentado da noite de quinta-feira. “Entre estas vítimas, há franceses, e há também muitos estrangeiros vindos de todos os continentes e há muitas crianças, crianças jovens”, declarou. Um homem, identificado como Mohamed Lahouaiej Bouhlel, lançou um camião sobre a multidão reunida na avenida marginal da cidade de Nice para assistir a um espetáculo de fogo-de-artifício, durante as celebrações do Dia Nacional de França (Tomada da Bastilha). “Não conseguimos compreender este ato desumano”, escreve o bispo de Nice. D. André Marceau convida as pessoas a procurar ajuda para superar este momento e a evitar sentimentos de “violência e de ódio”. Em Portugal, o Observatório para a Liberdade Religiosa sublinhou, em comunicado, que “estes atentados são da responsabilidade de assassinos que, na verdade, procuram limitar as liberdades – também a religiosa”. O observatório “solidariza-se com todas as vítimas daqueles que procuram com a violência e o terror, o que a razão não lhes confere”. O presidente francês decretou três dias de luto nacional, de sábado a segunda-feira, na sequência do atentado. G.I./Ecclesia:OC