Foi assim que o Professor José Paiva, da Universidade de Coimbra se referiu à obra que uma vasta equipa de investigadores, por si coordenada, produziu, num trabalho intenso e minucioso dos últimos anos, e que foi apresentada, na tarde de hoje, na Catedral de Viseu.
Percorrendo mil e quinhentos anos de história, a obra tem mil e oitocentas páginas, no conjunto dos três volumes amplamente ilustrados, em que se divide.
Trata-se de uma obra invulgar, tanto no contexto nacional, como internacional, pois não se conhece nada idêntico, em termos de História de uma diocese.
O trabalho agora apresentado a uma vasta assembleia, na Catedral, é fruto de muita investigação aturada, tanto em arquivos históricos públicos, como de instituições particulares, tanto em Portugal, como no estrangeiro. Para além dos documentos escritos, houve trabalhos de arqueologia e de outras áreas de investigação, buscando uma “leitura abrangente” da realidade religiosa diocesana, abarcando a sociologia, a antropologia e outras ciências humanas, no que elas contribuem para o entendimento e interpretação da realidade estudada.
José Paiva, referindo-se a D. Ilídio, disse que outros farão a história da sua acção na Diocese de Viseu, mas realçou o facto de esta História da Diocese de Viseu se ficar a dever à sua determinação e ampla visão da importância de se conhecer bem o passado para pensar bem o futuro.
Não sendo laudatória e muito menos acusatória, a obra foi produzida com critérios científicos rigorosos e os seus autores trabalharam sem constrangimentos e em “absoluta liberdade e independência”, segundo o Professor José Paiva.
Depois da apresentação da História da Diocese de Viseu, foi também apresentado o Tesouro-Museu da Catedral, que reabriu com exposição e iluminação melhoradas e com novos espaços, nomeadamente uma loja de acolhimento dos visitantes, onde se podem adquirir objectos de arte e obter informações sobre as actividades na Catedral e horários das mesmas.
Entre os diversos momentos de apresentação das Constituições Sinodais, História da Diocese obras do programa Rota das Catedrais e Tesouro-Museu, actuou um quarteto de cordas do conservatório de Viseu e o organista da Catedral.