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Jubileu dos 500 anos da Catedral
(Ne 8, 2-4a. 5-6.8-10; 1 Cor 3, 9c-11.16-17; Mt 16,13-19)

Depois de um ano todo jubilar, coincidindo, em parte, com o ano Santo da Misericórdia, celebramos o Jubileu dos 500 anos da Dedicação desta Catedral que tem, por Padroeira, a Senhora da Assunção – ou Senhora do Altar-mor. Nas mãos de Maria, neste dia jubilar, colocamos o Sínodo que fizemos e no qual estamos empenhados, fazendo por cumprir as Constituições que, hoje, serão apresentadas. Maria é, para nós, guia, estímulo e desafio para renovar e implementar a ação eclesial que fomos sentindo ser a vontade de Deus para estes tempos.
Agradeço, a todos os membros da Igreja de Viseu – Sacerdotes, Diáconos, Leigos, Religiosos, Consagrados – este caminho realizado. Foi o empenho de todos que realizou o Sínodo; é o compromisso de todos que concretizará as conclusões; é a vontade, alegria e motivação de todos que fará frutificar o trabalho, fé e vida que, sinodalmente, vamos pôr em comunhão, dirigindo-nos a todos e chamando por todos, sem excepção nem exclusão de ninguém. Alguns dos empenhados no caminho vão acompanhar 177 jovens que partem para Cracóvia. Vão com o Responsável pela Pastoral Juvenil da Diocese e com outros sacerdotes e outros animadores de grupo. Caros jovens, esta Eucaristia é o vosso envio. Desejo-vos Boa JMJ!
Agradeço a todos, vindos para celebrar, connosco, este grande dia: Senhor Núncio Apostólico, Senhor Arcebispo de Braga e nosso Metropolita, Senhor D. António Marto, nosso anterior Bispo e todos os outros presentes, nomeadamente, os que saíram desta Igreja: D. Manuel Felício e D. Nuno Manuel. Ao Papa Francisco, agradeço a graça da Indulgência Jubilar concedida e testemunho e prometo a minha mais fiel unidade e a desta Igreja de Viseu. Igualmente, agradeço a presença das Autoridades Responsáveis pela Rota das Catedrais e pelas Obras realizadas. Agradeço a presença das Autoridades Autárquicas, Civis, Académicas e Militares. Ainda, a presença dos seminaristas e 14 candidatos ao Seminário que, desde Quarta-feira, estiveram em encontro de reflexão.
Neste dia de grande Festa para a Igreja de Viseu é, também festa para os sacerdotes que celebram o aniversário sacerdotal: padres Américo Duarte, João Dinis, Joaquim Alves e José Nery – 51 anos; padres João Rodrigues e Manuel Chaves – 49 anos; padres João Martins e Manuel Fernandes – 46 anos e Pe. José António – 27 anos. Ainda, os 10 Diáconos Permanentes que celebram 4 anos de ordenação. A todos e a cada um, abraço amigo de comunhão e de amizade, no trabalho e serviço comuns que, em fraternidade sacramental, realizamos juntos.
O Livro da Lei – contendo a Palavra do Senhor para ser proclamada, lida e rezada com acolhimento de conversão; a comunhão com Pedro, na clareza, vivência e resposta da mesma Fé; e a construção do Templo de Deus, em nós e nos irmãos, são as leituras de hoje que nos dão a chave e os meios para realizar a vontade de Deus. Confiada à Igreja que a recebe de Jesus, a missão é HOJE e destina-se a todos e é para que todos se salvem, em fraternidade e em família e cheguem ao conhecimento da Verdade. A experiência e o exemplo de S. Paulo diz-nos para não querermos outro alicerce diferente daquele que foi dado pelo próprio Jesus, Mestre e Bom Pastor – Ele próprio a sustenta, dá a vida e fá-la crescer para que os frutos sejam de vida abundante…
Celebramos 500 anos da Dedicação desta Igreja, Mãe das Igrejas da nossa Diocese. A Igreja não é pedras, ainda que belas, adornadas e colocadas em construção monumental e admirada por todos, mesmo que sem a dimensão espiritual. A Igreja é templo santo, de pedras vivas, conscientes e seguidoras de Jesus Cristo, Pedra viva, eterna e angular, alicerce firme que transmite esperança, na beleza e segurança de seguimento fiel, amigo e confiante, em testemunho próximo e pessoal de amor. Porém, não sendo Pedras nem Casa, tem esta por referência simbólica da unidade com a Igreja Universal e como espaço de encontro, de celebração, de comunhão e de formação, à qual todas as pequenas igrejas, postadas no meio das casas das 208 unidades paroquiais, se sentem ligadas e unidas em comunhão diocesana.
Segundo a história, este Monumento remonta ao século XI, anterior aos tempos de S. Teotónio que aqui foi Prior e que invoco, como Patrono diocesano. A partir daí, os diversos estilos e gostos das várias épocas estão aqui presentes, num ecletismo que fazem deste – também na localização e integração no meio – um Monumento ímpar no conjunto das Catedrais do país.
Este dia – 23 de Julho de 2016 – é histórico para a nossa Diocese de Viseu. Nele, com o jubileu da Catedral e as grandes obras realizadas, no programa Rota das Catedrais, inauguramos o Museu que lhe está ligado, depois de profunda melhoria de transformação; faremos a apresentação da História dos cerca de 1500 anos da Diocese e do Livro do Sínodo que, com as Constituições, será a base para os planos pastorais dos próximos 10 anos. Demos graças a Deus por tudo o que nos é dado viver hoje e que, d’Ele e por Seu Filho Jesus Cristo, nos venha a luz, a graça e a capacidade de concretizar o que for bom! Que tudo seja para a Sua maior honra e glória, na realização da Sua vontade que quer a felicidade de todos!
Assentes em Jesus Cristo, o Messias e Filho de Deus vivo, somos convidados a construir uma Igreja sinodal, na certeza da mesma comunhão, atentos à voz da Igreja que, no Papa, nos Bispos e no sentir comum dos restantes fiéis, nos apresenta a vontade de Deus e nos inspira caminhos de salvação.
Os planos pastorais dos próximos anos irão concretizar o que o Espírito Santo nos for dizendo e suscitando, a partir da experiência sinodal. As Constituições serão boa inspiração para responder ao que o Santo Padre e a comunhão com toda a Igreja nos for sugerindo e apontando, como vontade de Deus.
Assim Deus nos ajude e Nossa Senhora nos valha, com a Sua proteção materna!
AMEN! ALELUIA!

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