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«Fraternidade» é única resposta ao ódio e à violência, defende Francisco

O Papa Francisco disse hoje na Polónia que é impossível vencer o ódio e o terror com “mais violência” e convidou os jovens católicos de todo o mundo a promover a “fraternidade” como resposta ao mal.

“Não queremos vencer o ódio com mais ódio, vencer a violência com mais violência, vencer o terror com mais terror. A nossa resposta a este mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade, chama-se irmandade, chama-se comunhão, chama-se família”, defendeu, durante a vigília de oração que reuniu mais de 1,5 milhões de pessoas durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O Papa saudou os presentes no ‘Campus da Misericórdia’, 15 quilómetros a sul de Cracóvia, que tinham acabado de ouvir testemunhos de três jovens, incluindo a da síria Rand Mittri, que falou do impacto da guerra em Alepo.

“Queridos amigos, convido-vos a rezar juntos pelo sofrimento de tantas vítimas da guerra, para podermos compreender, uma vez por todas, que nada justifica o sangue dum irmão, que nada é mais precioso do que a pessoa que temos ao nosso lado”, apelou Francisco.

O pontífice argentino sublinhou que no encontro mundial da juventude católica há muitas pessoas para quem “o sofrimento e a guerra” deixaram de ser “uma coisa anónima”.

“Hoje a guerra na Síria é a dor e o sofrimento de tantas pessoas, de tantos jovens como o corajoso Rand, que está aqui entre nós e pede-nos para rezar pelo seu país amado”, prosseguiu.

O Papa chegou em papamóvel ao local que acolhe os eventos finais da 31ª JMJ e entrou numa Porta da Misericórdia, evocando o Ano Santo extraordinário, acompanhando por cinco jovens, em representação de todos os continentes, convidando-os depois a subir para o papamóvel consigo.

Antes da intervenção do Papa teve lugar uma representação cénica sobre cinco temas – fé, esperança, amor, perdão e alegria – alternada pelos testemunhos de três jovens.

Nada justifica o sangue dum irmão 

 Além de Rand, da Síria, falaram Miguel, ex-toxicodependente, do Paraguai; e Natália, da Polónia, falou da sua história de afastamento e reaproximação da Igreja Católica.

“Vimos de várias partes do mundo, de continentes, países, línguas, culturas, povos diferentes. Somos «filhos» de nações que estão talvez em disputa por vários conflitos, ou até mesmo em guerra”, afirmou o Papa.

Francisco pediu aos jovens que não se limitem a considerar as situações de guerra como coisas “distantes”, que apenas se observam através do telemóvel ou do computador, mas pessoas “com nome” e uma história.

“Nunca mais deve acontecer que irmãos estejam rodeados pela morte e por assassinatos, sentindo que ninguém os ajudará”, desejou.

 Francisco propôs depois um momento de “silêncio” para rezar pelas vítimas da guerra, da solidão, e pelas “lutas que cada um carrega consigo”.

A intervenção, saudada com várias salvas de palmas, convidou os participantes na JMJ a evitar a “paralisia” do medo, considerando-a como “um dos piores males que nos podem acontecer na vida”.

A vigília da JMJ prossegue com momentos de oração durante toda a noite e madrugada, até à Missa de domingo que conclui o evento, com o anúncio da próxima cidade-sede.

G.I./Ecclesia

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