D. António Francisco dos Santos expressou «gratidão» por todos os envolvidos no combate aos fogos.
O bispo do Porto disse hoje, sobre os incêndios no território da diocese, que “todos” são necessários para “ajudar, aliviar e minimizar o sofrimento” dos afetados e que “nunca” se deve deixar de agradecer o “trabalho incansável dos bombeiros”.
Em declarações hoje à Agência ECCLESIA, D. António Francisco dos Santos começou por expressar “um grande carinho e proximidade” para com as populações que estão a ser afetadas pelos incêndios, porque estão a ver as suas casas em risco, e os bens “colocados em perigo”.
“A missão e o dever de todos, independentemente da situação e responsabilidade, é manifestar proximidade. Eu queria muito que a Igreja testemunhasse isso e sinto que podemos fazer”, observa.
Depois, o bispo do Porto manifestou “gratidão” para com os bombeiros, os membros da Proteção Civil e as populações “que se uniram” e revelou que tinha estado com o comandante da Proteção Civil da Região do Porto onde constatou que existe “todo um envolvimento das várias instituições no combate aos incêndios”.
D. António Francisco dos Santos contou que tem estado em contacto com os párocos e os presidentes dos municípios afetado pelos incêndios e indicou que os três concelhos mais atingidos na sua diocese são Gondomar, Arouca e Vale de Cambra.
Já em Marco de Canaveses e Baião as ocorrências “foram ultrapassadas rapidamente”.
“A situação é preocupante e dadas as condições atmosféricas – calor, vento – e a grande área florestal torna-se mais difícil combater a onda de incêndios”, referiu.
Por isso, em terceiro lugar, o prelado disse que “em nome da Igreja” tem apresentado “disponibilidade” nos diversos contactos efetuados e sublinhou, por exemplo, a iniciativa de alguns Agrupamentos de Escuteiros que têm estado a “ajudar os bombeiros e as populações”.
“A Igreja está disponível para abrir as suas portas, para acolher se houver desalojados por causa dos incêndios, para ir ao encontro das dificuldades que surgiram nas próprias localidades”, desenvolveu, recordando notícias de lares que foram evacuados e pessoas que saíram das suas casas “por causa do medo” dos incêndios.
O bispo do Porto observa que quando se vê alguém “ser atingido” por estas situações “todos” são poucos para ir ao encontro deles “dentro de um quadro de organização e de serviço a prestar”.
Nesse contexto, reforçou a “abertura da Igreja” para a divulgação, para a formação, para a ajuda e para a “solicitude imediata” e deu como exemplo o “gesto” do casal que foi ao encontro das pessoas que ficaram paradas durante cinco horas na A1, para oferecer água.
D. António Francisco dos Santos, recordando a norma do Pe. Américo – cada paróquia cuide dos seus pobres – destacou que “as paróquias estão atentas” às realidades locais e e explicou que, no que for necessário, as instituições diocesanas também estão “disponíveis e atentas”.
“As pessoas que precisarem de ajudar encontrá-la-ão certamente nas instituições locais mas também e necessariamente na Igreja, queremos estar na vanguarda dessa missão”, adiantou.
Os incêndios que afectam populações e bens têm sido um “problema recorrente em cada ano” e para o bispo do Porto “mais do que julgar outras formas de proceder”, neste momento, é preciso haver solidariedade para com “os que sofrem”.
G.I./Ecclesia:CB