Iniciativa marcada para os dias 8 e 9 de outubro já faz parte do ADN do escutismo em Portugal.
Milhares de escuteiros de todo o país vão peregrinar até ao Santuário de Fátima nos dias 8 e 9 de outubro, numa iniciativa este ano inserida na comemoração do Centenário das Aparições de Nossa Senhora, em maio de 2017.
“Como grande associação de jovens, e jovens católicos em Portugal, não poderíamos ficar indiferentes a este acontecimento que marca a Igreja e a sociedade em Portugal”, sublinhou o padre Luís Marinho, assistente do Corpo Nacional de Escutas, em entrevista à Agência ECCLESIA.
A peregrinação escutista a Fátima é já uma longa tradição, com mais de 90 anos, e está mesmo no ADN de cada escuteiro.
“Praticamente desde a sua fundação que os escuteiros estão ligados a Fátima”, referiu o sacerdote, “uma dimensão que será muito sublinhada durante a peregrinação”.
O padre Luís Marinho espera que a Fátima acorram não só crianças, jovens e adultos do CNE mas também de “outras associações de escuteiros católicos”, portuguesas e estrangeiras, para uma iniciativa que visa também “proporcionar o conhecimento da Mensagem de Fátima”.
No Santuário e em diversos lugares da Cova da Iria vão ser desenvolvidas uma série de atividades com esse objetivo.
“Um aspeto bastante interessante que estamos a preparar, está nas diversas casas e comunidades religiosas que existem em Fátima, que vão acolher grupos de escuteiros ao longo da tarde de sábado (dia 8 de outubro) ”, revelou o sacerdote.
Os participantes vão poder assim contactar “com o carisma de cada congregação, o que fazem na Igreja” e perceber “como é que a mensagem de Fátima os interpela e como é que a vivem”.
Para o assistente nacional do CNE, esta peregrinação tem tudo para ser “um grande encontro”, pelo significado que tem peregrinar em conjunto, a um local de culto que é também o “coração da Igreja em Portugal”.
“No fundo alimentarmos a chama que dá sentido à nossa existência como associação de escuteiros”, completou.
Criado em 1907 pelo inglês Baden-Powell, o Escutismo é o maior movimento de educação não-formal juvenil do mundo, implantado em centenas de países e territórios, incluindo Portugal.
Ele chegou ao nosso país em 1923, com a fundação do Corpo Nacional de Escutas, hoje composto por mais de 72 mil associados.
Uma das missões do escuta é precisamente ajudar na organização das peregrinações e dar apoio às pessoas que todos os anos ruma até ao Santuário, em ligação com os Servitas.
“Aqui queremos experimentar a beleza de pertencermos a esta associação e de sermos de facto um corpo unido”, concluiu o padre Luís Marinho.
Um dos momentos mais significativos da peregrinação nacional do CNE a Fátima está reservado para sábado (dia 8 de outubro) de manhã, quando os grupos de escuteiros fizerem os últimos quilómetros a caminho do santuário.
Vindos de 10 locais diferentes, os escutas vão passar pela Porta Santa da Misericórdia, na Basílica da Santíssima Trindade, rumo à Capelinha das Aparições onde darão início às atividades em ritmo de oração.
G.I./Ecclesia:PR/JCP