Em cerimónia na Praça de São Pedro, com leituras e orações em 10 línguas, o Papa Francisco vai canonizar, neste Domingo, a Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), numa cerimónia dominada pelo latim em que se vão ouvir mais nove línguas, incluindo o albanês, o bengali, o chinês e o português.
A canonização vai ser o momento central do Jubileu dos Voluntários e Operadores da Misericórdia, inserido no ano santo extraordinário que a Igreja Católica está a viver, acontecendo na véspera da data da morte da nova santa, que é também o dia da sua festa litúrgica.
Em português, os participantes vão ser convidados a rezar pelos “pobres e últimos da terra”: “Escutai, Senhor, o seu grito que sobe ate Vós: a exemplo de Santa Teresa, impeli os cristãos à caridade operosa”.
A Missa presidida por Francisco, que se inicia pelas 10h30 (09h30 em Lisboa), inclui o rito de canonização propriamente dito.
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, acompanhado pelo postulador da Beata Teresa de Calcutá, pede que a religiosa seja inscrita no “álbum dos Santos”.
“Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, após ter longamente refletido, invocado várias vezes o auxílio divino e escutado o parecer dos nossos irmãos no episcopado, declaramos e definimos como Santa a Beata Teresa de Calcutá, inscrevemo-la no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja ela sejam devotamente honrada entre os Santos”, refere a fórmula de canonização, em latim, a ser proferida pelo Papa.
O relicário da nova santa vai ser colocado junto ao altar, com a respetiva relíquia – uma ampola com sangue da Madre Teresa; o relicário evoca as obras de misericórdia.
Depois da proclamação de canonização, o cardeal Amato agradece ao Papa Francisco, concluindo o rito.
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos pede ainda que seja redigida a Carta Apostólica a respeito da canonização que acaba de ter lugar.
A canonização, ato reservado ao Papa desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal (os beatos têm culto local) e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
G.I./Ecclesia:OC