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Pedro Castro fala da «intervenção» da religiosa no processo que o levou à cura da Hepatite C.

O português Pedro Castro vai acompanhar este domingo a cerimónia de canonização de Madre Teresa de Calcutá, no Vaticano, com uma intenção especial, agradecer a “intervenção” da nova santa no processo que o levou à cura da Hepatite C.

Em declarações à ECCLESIA, Pedro Castro recorda o momento em que a futura santa entrou na sua vida, através do padre Brian Kolodiejchuk, postulador da causa de canonização da ‘mãe dos pobres’.

“Eu conheci-o por acaso no Algarve numa altura em que estava doente, com uma doença gravíssima, com uma hepatite C, que estava num estágio já avançadíssimo de deterioração do fígado. E os médicos tinham-me dito que eu precisava absolutamente de tomar um medicamento muito caro, que tinha acabado de sair”, relata, numa entrevista que vai integrar a próxima edição do programa ‘70×7’, este domingo, na RTP2.

O caso remonta a 2015, quando surgiu um medicamento que tinha 97 por cento de eficácia na cura da hepatite C – mas ainda não comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde, pelo que o tratamento custava na altura cerca de 46 mil euros.

“A única hipótese era vender a minha casa”, frisa Pedro Castro, cuja história ganhou um novo rumo após o encontro com o padre Brian.

O sacerdote incentivou-o a esperar e a ter confiança na Madre Teresa, entrou em contacto com Calcutá e a sua intenção foi colocada junto da campa da religiosa, onde todos os dias é celebrada Missa por essas intenções.

“A seguir, o que aconteceu foi um conjunto de acontecimentos enormes que levou a que Portugal fosse o país do mundo que mais depressa passou a custear esse tratamento para a Hepatite C”, conta Pedro Castro, que desde então passou a olhar para a vida com uma perspetiva diferente.

O católico português diz não ter dúvidas de que houve “uma intervenção da Madre Teresa” para ajudar a resolver a situação.

“A certa altura, aquilo que eu senti, e isso foi muito bonito, foi que não era uma história minha que se estava ali a viver, porque eu tinha uma casa para vender. Com certeza que era chato, mas podia ter a minha vida assegurada, a minha cura assegurada. Mas havia 90 e não sei quantas mil pessoas em Portugal que não tinham e todos os dias morriam pessoas”, recorda.

Este evento levou Pedro Castro a conhecer mais a fundo a história de Madre Teresa, que considera uma mulher “extraordinária” e “um presente que ganhou na sua vida”.

“Faz-me lembrar a toda a hora de que o importante não sou eu e que existe um Deus que é bom e que a nossa vida foi feita para os outros (…). Ela só se preocupava com os outros, não tinha tempo sequer para ser feliz, na cabeça dela esse não era o problema, o caminho dela”, realça.

A canonização de Madre Teresa de Calcutá está marcada para este domingo, na Praça de São Pedro, a partir das 10h30 (menos uma em Lisboa).

A futura santa, vencedora do prémio Nobel da Paz, faleceu em 1997 e foi beatificada por João Paulo II em 2003.

Para Pedro Castro, a cerimónia será “uma festa” e “um dia de céu, em que vai ser reconhecida a beleza, a grandeza e a nobreza de uma mulher como a Madre Teresa”.

“Estou muito contente, vou com a minha mulher, estou felicíssimo, não posso estar mais feliz, sei que vêm pessoas do mundo inteiro que são devotos da Madre Teresa e que querem estar e viver este dia com alegria”, conclui.

A canonização, ato reservado ao Papa desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal (os beatos têm culto local) e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.

G.I./Ecclesia:HM/JCP

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