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Governo e FARC chegaram a acordo para fim do conflito que provocou milhares de mortes.

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, vai acompanhar hoje na Colômbia a assinatura do tratado de paz entre o Governo e os guerrilheiros das FARC, anunciou a sala de imprensa da Santa Sé.

A Igreja Católica “encorajou e apoiou o processo de paz” ao longo dos 4 anos de negociações, recorda a Rádio Vaticano.

O acordo de paz entre o Governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), coloca um ponto final a 52 anos de conflito armado.

“A Colômbia está diante de um encontro com a história, uma separação de águas entre o antes e depois da paz. O país pode começar a mudar, a resolver os seus problemas”, disse o Aarcebispo de Tunja, D. Luis Augusto Castro Quiroga, presidente da Conferência Episcopal Colombiana. 

A 31 de agosto, o Vaticano anunciou que o Papa declinou o convite de nomear um representante para o processo de paz na Colômbia, por considerar “mais apropriado” que essa missão seja confiada a “outras instâncias”.

“No último dia 12 de agosto, Sua Santidade foi convidado a nomear um representante para participar do comité de seleção dos magistrados que vão compor a Jurisdição Especial para a paz”, adiantou a Secretaria de Estado do Vaticano, em nota oficial.

Francisco optou por não aceitar, tendo em consideração “a vocação universal da Igreja e a missão do sucessor de Pedro como Pastor do Povo de Deus”, precisa a Santa Sé.

O Papa saúda o acordo entre o Governo do país e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), anunciado em agosto, que encerra “o intenso processo levado a cabo nos últimos anos”.

Francisco quis ainda reiterar o seu apoio ao “objetivo de alcançar a concórdia e a reconciliação de todo o povo colombiano, à luz dos direitos humanos e dos valores cristãos que estão no centro da cultura latino-americana”.

A cerimónia de assinatura do tratado de paz vai decorrer em Cartagena, na presença do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e do líder das FARC, Rodrigo Londoño Echeverri.

O acordo contempla o abandono das armas pela guerrilha e a sua transformação em movimento político; após a assinatura, o pacto deverá ser referendado pelos colombianos, em consulta popular, a 2 de outubro.

Estima-se que o conflito tenha provocado a morte de 220 mil pessoas e mais de 6 milhões de deslocados internos.

G.I./Ecclesia:OC

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