Jubileu Mariano decorre em Roma até este domingo com a presença de uma delegação do Santuário de Fátima.
O Papa destacou hoje a “a oração do Rosário” como “a síntese da história da misericórdia de Deus”, durante o Jubileu Mariano que decorre no Vaticano com a participação de uma delegação do Santuário de Fátima.
Numa mensagem deixada durante a vigília desta tarde, integrada no programa do evento, Francisco salientou que Maria “desde os primeiros séculos” tem sido “invocada como Mãe da Misericórdia”.
E pedir a sua intercessão, rezar o Rosário, é abrir o coração a uma “história de salvação” que está sempre aberta “para aqueles que se deixam plasmar pela graça” de Deus.
“A partir da fé de Maria, percebemos como podemos abrir a porta do nosso coração para obedecer a Deus; na sua abnegação, descobrimos quão atentos devemos estar às necessidades dos outros; nas suas lágrimas, encontramos a força para consolar aqueles que estão mergulhados na tribulação. Em cada um destes momentos, Maria exprime a riqueza da misericórdia divina, que vem em ajuda de cada um nas suas necessidades diárias”, realçou.
A intervenção do Papa argentino teve lugar depois de um cortejo com inúmeras delegações marianas e representantes de santuários de todo o mundo, incluindo do Santuário de Fátima, que está presente em Roma com um grupo liderado pelo padre Carlos Cabecinhas, reitor do local de culto português.
Na Praça de São Pedro, esta tarde, desfilaram mais de uma centena de representações de Nossa Senhora, como a imagem peregrina de Fátima, que tem estado por estes dias de visita às dioceses de Itália.
Depois do cortejo, seguiu-se então um momento de oração do Rosário, presidido pelo Papa.
Francisco sublinhou que “os mistérios propostos” nesta oração “são gestos concretos, em que se desenvolve a ação de Deus a favor” da humanidade.
Através da oração e meditação da vida de Jesus Cristo, revemos o seu rosto misericordioso que vai ao encontro de todos, nas várias necessidades da sua vida. Maria acompanha-nos neste caminho, apontando para o Filho que irradia a própria misericórdia do Pai”, frisou o Papa, acrescentando que quem reza o Rosário não fica fora da vida.
“Pelo contrário, é instado a encarnar esta oração na história de todos os dias, para saber identificar na realidade os sinais da presença de Cristo”.
“Sempre que contemplamos um momento, um mistério da vida de Cristo, somos convidados a identificar o modo como Deus entra na nossa vida, para depois O acolhermos e seguirmos. Assim descobrimos o caminho que nos leva a seguir Cristo no serviço dos irmãos”, complementou Francisco.
O Papa argentino destacou ainda o cariz missionário de Maria, que incentiva a “comunicar a todos o amor, a ternura, a bondade, a misericórdia de Deus”.
“É a alegria da partilha que não se detém perante coisa alguma, porque leva um anúncio de libertação e salvação”, concluiu.
Integrado no Ano Santo da Misericórdia, o Jubileu Mariano começou esta sexta-feira, dia que a Igreja Católica dedica à Memória de Nossa Senhora do Rosário.
O evento vai prolongar-se até amanhã, com destaque para uma missa presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro, a partir das 9h30 (hora portuguesa).
G.I./Ecclesia:JCP