Na audiência pública com os peregrinos Francisco destacou exemplo de Santa Madre Teresa de Calcutá.
O Papa Francisco propôs hoje no Vaticano a prática de “um gesto de misericórdia por dia” como a “verdadeira revolução cultural” que o mundo precisa.
Durante a audiência pública desta quarta-feira, na Praça de São Pedro, o Papa argentino salientou que “não basta experimentar a misericórdia de Deus, é preciso que a pessoa que a recebe também se torne instrumento dela para os outros”.
“E como poderemos ser testemunhas de misericórdia? Não pensemos que se trata de realizar grandes esforços ou gestos sobre-humanos”, salientou Francisco, referindo que Jesus mostra o caminho a seguir, que é “muito mais simples, feito de pequenos gestos mas de grande valor aos olhos de Deus”.
“Dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. A Igreja chama-lhes obras de misericórdia corporal, porque socorrem as pessoas nas suas necessidades materiais”, acrescentou o Papa, lembrando depois “as sete obras de misericórdia espiritual”.
“Dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos”, destacou.
De acordo com o Papa, todas estas ações “são modo concreto de viver a misericórdia”.
E recordou depois a vida de Santa Madre Teresa de Calcutá, que não procurou “grandes empreendimentos e obras” mas deu prioridade às “mais simples, que o Senhor aponta como sendo as mais urgentes”.
“Santa Teresa de Calcutá é recordada não tanto pelas muitas casas que abriu no mundo, como sobretudo porque se inclinava sobre cada pessoa que encontrava abandonada no meio da estrada para lhe devolver a dignidade”, concluiu.
G.I./Ecclesia:JCP