E critica a cultura do descarte que os marginaliza.
O Papa Francisco recebeu, este sábado, no Vaticano, representantes da Associação Nacional Trabalhadores Idosos, e considerou a terceira idade um “tesouro precioso” e “indispensável”.
No encontro com milhares de pessoas da terceira idade, o Papa argentino começou por reafirmar que a Igreja olha para as pessoas idosas com afeto, gratidão e grande estima, pois são parte essencial da comunidade cristã e da sociedade, e representam as raízes e a memória de um povo.
A maturidade dos idosos e sabedoria acumulada ao longo dos anos, “pode ajudar os mais jovens, apoiando-os no caminho do crescimento e abertura ao futuro, em busca do seu caminho”, disse o Papa Francisco.
Em seguida, o Papa falou dos muitos idosos que “generosamente” empregam o seu tempo e talentos no apoio aos outros e que nas paróquias dão um contributo precioso.
No mundo atual, “onde muitas vezes são mistificadas a força e aparência”, os idosos têm “a missão de testemunhar os valores que realmente contam e que permanecem para sempre porque estão gravados no coração de cada ser humano e garantidos pela Palavra de Deus”.
Existem muitos idosos que convivem com a doença, dificuldades de locomoção e precisam de assistência, observou ainda o Papa, agradecendo a Deus por tantas pessoas e estruturas que se dedicam diariamente ao serviço dos idosos.
O Papa Francisco exortou também as instituições que abrigam idosos a serem lugares de “humanidade e atenção amorosa”, onde os mais fracos “não são esquecidos ou negligenciados, mas visitados, recordados e tratados como irmãs e irmãos mais velhos”.
As instituições e diferentes realidades sociais ainda podem fazer muito para ajudar os idosos a exprimir melhor as suas capacidades, para facilitar a sua participação ativa, sobretudo para garantir que sua dignidade como pessoas seja sempre respeitada e valorizada, sublinhou o Papa argentino, condenando mais uma vez a cultura do descarte que marginaliza os idosos considerando-os improdutivos.
LFS