«Quando a economia mata socialmente as pessoas também mata as famílias e nelas os jovens», diz a Liga Operária Católica.
O último seminário internacional da Liga Operária Católica / Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) debruçou-se sobre a difícil situação que muitas famílias e jovens enfrentam na Europa.
“Quando a economia mata socialmente as pessoas também mata as famílias e nelas os jovens”, realça aquele organismo, num documento conclusivo do encontro que vem publicado hoje na nova edição do Semanário ECCLESIA.
Durante o seminário, várias organizações e representantes de países tiveram oportunidade de fazer a radiografia do atual contexto social e laboral no Velho Continente.
Os participantes destacaram problemas como o crescente “empobrecimento” das famílias, o “elevado desemprego, a falta de emprego jovem e as migrações”, apontaram também para a existência de cada vez mais “jovens que nem trabalham nem estudam e vivem socialmente excluídos”.
“Mesmo os participantes de países considerados mais ricos, falaram de realidades novas de pobreza, sobretudo da pobreza infantil, que se tem vindo a manifestar na redução da frequência de programas culturais, alimentação saudável, vestuário, materiais de apoio escolar, habitação sem aquecimento, fruto do empobrecimento das famílias”, frisa a LOC/MTC.
Para esta organização católica, é tempo de “buscar novas maneiras” de construir “um contexto social que não se dirija à exploração das pessoas mas a garantir, através do trabalho, a possibilidade de construir uma família e de educar os filhos”.
E aqui, salienta a LOC/MTC, será fundamental o contributo “das organizações cristãs de trabalhadores e dos cristãos individualmente”.
As conclusões deste seminário internacional apontaram também para a urgência de “compaginar a flexibilidade do mercado com a necessária estabilidade e segurança das perspetivas laborais, indispensáveis para o desenvolvimento humano dos trabalhadores”.
“Chegou a hora de construir, juntos, uma Europa que não funcione para a economia, mas na direção da sacralidade da pessoa humana”, conclui a LOC/MTC.
JCP